28 fevereiro 2007

Net é pra ser levada a sério?

Mais um questionamento que necessitei me fazer semana passada. Nesse contexto de sites de relacionamento, orkut, mensageiros instantâneos etc., o que se pode e o que não se deve ser levado a sério. Complicado, não? A maioria das pessoas com quem eu convivo me diriam: "nada". Bem, eu não penso exatamente dessa forma... As pessoas criam papéis ao se imergirem nesse mundo dito virtual que a rede mundial de computadores hoje nos propicia. Algumas ajustam seus defeitos/desvios de personalidade ao que julgam parecer mais "apresentável", de acordo com os seus objetivos. Outras simplesmente se submetem a esse novo meio como o fazem no meio social comum, com seus amigos, ou no ambiente de trabalho. Há quem se liberte de todas as máscaras impostas pelas regras nada justas da nossa sociedade, falando o que pensa exatamente como isso vier da cabeça, sem censuras. E, como todos nós sabemos, também há quem crie personalidades completamente diferentes pra se divertir, ou prejudicar. E qual a importância que se deve dar ao que se lê e ao que se escreve na internet? Bem, cada qual às suas próprias experiências... Cada pessoa monta um perfil para si próprio com características que deseja assumir, dentre as quais estão a maneira de falar, pensar, agir... Quem já se decepcionou ao encontrar perfis "virtuais" diferentes dos ditos "reais" vai se egixir um certo ceticismo, como mecanismo de defesa. Quem procura apenas diversão também não leva a sério tanto o que diz quanto o que ouve. Quem cria personalidades "alternativas" assimila as coisas com a mesma cautela com que age... Já quem não cria/diferencia um perfil real próprio de um perfil "virtual" usado, pode dar níveis diferentes de relevancia ao que fala e lê na internet. Como reagir às coisas que se lê? Delicado... Mas intrinsecamente ligado ao grau de importância supracitado. E além disso, todas as conversas possuem um contexto, que deve ser levado em conta ao se avaliar a relevância de uma citação. Há quem diga "falo o que quero, do jeito que achar melhor, e dane-se quem ouvir", mas exigir da outra parte o mesmo grau de aceitação é uma atitude no mínimo equivocada. Válido seria afastar-se um pouco da situação vexatória quando o limiar de tolerância (variável de pessoa pra pessoa) estiver próximo de ser alcançado. Parar, reavaliar, decidir se as "qualidades" das pessoas ditas virtuais são capazes de curar todas as "feridas" produzidas pelos seus "defeitos"... Avaliar se viver esta dita ilusão traz algum conforto, aprendizado ou ajuda... Repensar a própria postura adotada diante das variadas situações e contextos... São coisas a se pensar, e ainda assim, consensos são difíceis de se obter.

27 fevereiro 2007

Anestesiado

Reinicio das aulas. Fim de férias... Más lembranças, muitas decepções. O desejo de encontrar rostos amigáveis, Menos ácidos... Eu? Estou anestesiado... Torpor... Meias palavras, econômicas e muito bem pensadas. Olhar fixo, numa tela fria e colorida... Uma voz familiar, mas, por ora, desinteressante. Um abraço sem cor, sem sabor, sem vontade... Eu? Estou anestesiado...

Timidez x Contato Físico

Mais uma das minhas reflexões... O que leva as pessoas a serem mais reclusas, mais encerradas em si mesmas? Parei pra pensar em mim... O que eu atribuiria à minha timidez mais que evidente, quais as suas causas, origens... Cheguei a algumas conclusões...
Na escola, eu me via um tanto que cercado por aqueles coleguinhas que adoram uma boa chacota. Eu era (e creio que ainda sou) um estudante esforçado, e isso sempre é um bom motivo pra coisas como "CDF", "menino amarelo"... Desde já eu observava o comportamento dos outros colegas, e via algo em particular que me decepcionava: época de provas e trabalhos. As pessoas se aproximavam, insinuando uma afinidade débil, interessadas apenas no que eu havia desenvolvido. Alcançados os objetos de cobiça, voltam as chacotas, e somem os cumprimentos nos corredores da escola, básicos na cartilha da boa educação.
Percebo que durante a minha infância não tive muito contato físico com meus pais. Nada de muitos abraços, beijos e outras demonstrações físicas de afeto, como seria comum numa família brasileira. Não digo que isso seja um padrão dentro da minha família, visto que o meu irmão se comporta de maneira extremamente contrária quanto a isso. Passava grande parte do tempo vendo televisão, ou trancafiado no meu quarto, tocando violão, escrevendo...
Vi os efeitos dessas minhas deficiências na minha (não-)adolescência. Não fui um homem de muitas namoradas, e continuo não sendo. Eu me assusto quando ouço pessoas dizendo que ficaram com 7 ou 8 numa festa... Converso pouco, mas o contato verbal não me é, digamos, pobre. Já me disseram que eu passo uma energia estranha ao tocar em alguém, e até mesmo ao falar com alguém, quando me sinto carente demais...
Bem, resolvi pesquisar um pouco sobre isso, e vi que, de fato, a falta de contato físico nas primeiras décadas de vida desenvolve a timidez nas pessoas. Não é a toa que se recomenda aos tímidos aulas de dança de salão e/ou teatro, como forma de reaproximá-las às outras pessoas. Como justificativa, além de desenvolver o contato físico, é possivel conhecer novas pessoas, e consequentemente/possivelmente, novas paixões. Vou pensar no assunto, talvez eu as faça...
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25 fevereiro 2007

Implosão

Eu tô meio precisado de um tempo... Não vejo mais as coisas com via há 5 anos atrás, onde tudo era tão mais fácil de se tolerar... Não dá pra aceitar calmamente palavras que saem de uma fonte da qual a primeira coisa que se toma referência são os meus defeitos. Acredito que ninguém é encorajado a melhorar dessa maneira... Trabalhar sob pressão é uma coisa. Viver desse modo...
Eu necessito de um tempo. Não dá mais pra sofrer com os traumas de infância de outrém, com as más referências masculinas, a acidêz, a altivêz, o destempero... Sentia-me acuado, agora não mais. Sentia-me emudecido, por inquisição, agora o faço por opção. Como gentleman que sou, prefiro não entreabrir meus negros lábios pra proferir palavras rudes sem causa, como se isso aliviasse ainda que torpemente a angústia que me cerca o peito...
Eu estou desesperado por um tempo. Eu preciso respirar, gritar aos quatro ventos que eu sou gente, eu sou humano! Eu não preciso explicar que eu não necessito pisar nas fraquezas alheias pra me sentir superior... Eu não tenho que provar que eu tenho vontade de crescer como homem maduro que sou... Muito menos ensinar que inteligência nunca irá ganhar da sabedoria...
Eu preciso de um tempo. Tempo pra ser emprestado ao próprio tempo. Tempo pra mim, indeterminado, e infindável, até que eu decida o contrário. Tempo pra coisas banais, tempo pra sonhar, pra pensar, tempo pra pura e simplesmente nada. Tempo afinal é tempo...

21 fevereiro 2007

Confundindo as coisas...

Cá estou eu, sentado meio que espaçosamente diante do meu computador. Uma amiga minha marca uma praia no sábado próximo, e diz chamar uma amiga. Bem, natural da minha parte pedir o link do perfil do Orkut dessa tal amiga, sempre faço isso... Mas uma coisa me irritou. "Isso é feio"... Ora vejam só... Parece que ela não me conhece de verdade... "Isso é coisa de homem afoito". E eu com isso? "Quem se conheçe pelo escrito se apaixona pela alma", isso é um dos lemas de quem se relaciona pela rede mundial de computadores. Uma paixão pelas idéias é muito mais válida do que uma paixonite pelo corpo, pelo jeito de ser... Parece que ela não entendeu que é exatamente assim que eu penso. Fiz e ainda faço amigos pela net, amigos que eu não conheço, que eu nunca vi pessoalmente, nunca abracei... Mas com certeza amigos tão ou mais valiosos do que os que eu tenho aqui, próximo, na mesma cidade, de carne e osso. Confundir-me com canalhas que pedem um orkut, pra analisar o álbum de fotografias e se esquivar de alguma "furada" é muito fácil, mas não era o que eu epserava de alguém que se diz "amiga". Bem, amigos também chateiam amigos... Nem parou pra pensar que eu tive acesso ao seu próprio orkut antes de conhecê-la, e nem por isso eu me afastei, muito pelo contrário. Meu contador de visitas desativado, um interesse pelas palavras que auto-definem uma pessoa, pelas comunidades a que ela pertence, pelos possíveis depoimentos dos amigos, parece que isso tudo é sinônimo de, no mínimo, um homem afoito por sexo... Não querendo discutir, acabou encerrando a conversa, com uma desculpa boba de não querer perder a noite, muito fácil de ser dada quando não se tem argumentos pra defender suas próprias idéias. Pois bem, também não fiz questão de discutir, não preciso defender tão arduamente o que eu penso quando não fazem questão de me ouvir. Mais uma vez, Tharp estava certo...
"Don't be limited in your mind"

05 fevereiro 2007

À procura da felicidade

Um filme simplesmente primoroso. Uma verdadeira lição de vida. Will Smith contracenando com o filho, numa história de perseverança, força de vontade, uma verdadeira busca à felicidade. Nossos problemas são grandes? Reveja seus conceitos. Veja também: Site Oficial do filme Trailer no youtube