20 março 2010

Quase Deuses - A história de Vivien Theodore Thomas

Quando eu passei no teste de seleção do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (antigo CEFET-BA, agora Instituto Federal da Bahia (IFBA)), muita gente dizia que eu não conseguiria. Diziam que a minha educação era rígida demais, que eu ficava preso demais... Às vezes até eu mesmo concordava com isso...

Quando eu passei (sem sistema de cotas para afrodescendentes) no curso de Bacharelado em Ciência da Computação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), também disseram que eu não iria conseguir. Que se manter na UFBA era mais difícil do que entrar nela, e realmente, assim foi. Sem tempo para trabalhar, devido às aulas serem em turnos diferentes, às vezes eu levava marmita, e comia escondido em salas vazias da universidade, com vergonha dos colegas.

Eu me lembro muito bem do dia da minha formatura... Todos os meus colegas de formatura (sem exceção), usavam calças e sapatos sociais por baixo da beca. Eu? Calças jeans e um sapato surrado que eu usava há 7 meses, mais ou menos. Lembro que apenas Helder e eu podiam ser considerados negros naquela cerimônia. Lembro da alegria do pai de Helder, comemorando a formatura do filho... Lembro que minha mãe comemorou a minha formatura, subindo naquele palco, de forma tão ou mais veemente quanto o pai de Helder. Lembro que nos abraçamos ao som de I believe I can fly, às lágrimas, diante dos professores, dos colegas de formatura, dos amigos e parentes.

Podem ser conquistas pequenas, muitas vezes sem valor algum para quem ainda se mantém na academia, fazendo mestrado, doutorado, e afins. Mas são dessas pequenas conquistas que eu me lembro, quando assisto a filmes como À Procura da Felicidade, co Will Smith como ator principal, e agora pela manhã, Quase Deuses (Something the Lord Made), com o ator Mos Def.


Não sei se eu já te disse isso antes, mas...
Eu amo vocês, mãe, pai, irmão, tio...

Leia também:
Vivien Theodore Thomas - Wikipedia

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06 março 2010

Precisando de um Diagrama ER rápido?

Por esses dias eu estava vendo a correria do pessoal em fazer alterações num sistema, sem conhecer a base de dados. Pediam "pelo amor de Deus" a uma analista, pra que ela desenhasse uns diagramas Entidade/Relacionamento, para se ter noção de como o banco de dados foi modelado. Houve um tanto de reclamações por parte da coordenação, porque achavam que isso era meio "perda de tempo"...

Pesquisei um pouco, e acabei achando o Schema Spy. Eu só não tive como testar, porque a internet tá bloqueada, então eu não posso usar o yum pra instalar os pacotes necessários, como a gtk, o graphviz, etc, etc, etc... No próprio site do projeto tem um exemplo de saída do programa. Provavelmente, uma pasta contendo imagens e html, documentando toda a base de dados.

Exemplo de Diagrama gerado pelo SchemaSpy

Quem precisar, ou tiver condições de testar, fica ai a sugestão (porque "fica a dica" é coisa de emo).

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A Sacola dos "E's"


E de repente o tempo para. Por um instante, eu olho para o lado e vejo um olhar calmo, feliz, como quem diz "obrigado", sem mover os lábios. E o sorriso dos olhos acompanha o sorriso dos lábios, sonhando acordado um sonho que mais parece realidade. E, na verdade, é.

E ainda acordado, desenho com os olhos os contornos de um corpo exausto, completamente esparramado em cima do meu. Impossível ser diferente, quando se tenta, sem sucesso, transformar em algo físico todo o sentimento que insiste em transbordar pelos poros, pelo olhar, pelo sorriso, pelas batidas aceleradas de corações já tão castigados pelas pedras encontradas até agora.

E queima! Não, não estou falando do quarto próprio, um tanto abafado, ou do ar condicionado desligado do quarto alugado. A sua pele realmente queima, e você não está com febre. É olhando você dormir, que eu relembro tudo o que vivemos, desde a completa distração, até os momentos mais intensos. É estranho pensar que não houve um só instante do qual eu me arrependesse...

E, ainda olhando você dormir, que eu te aconchego nos meus braços, encaixando seu corpo no meu, pra lhe dizer que eu estou bem aqui, e daqui não pretendo sair. Dizer sem palavras que eu sou feliz, muito mais do que eu poderia imaginar, sem usar de asas ou utopia.

P.S.: E depois de tantos "e's", apenas mais um, não menos importante: eu te amo.


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