31 agosto 2012

Mulher não desiste, se cansa. E o homem?


Num grupo do facebook, eu fui apresentado ao seguinte texto:

Mulher não desiste, se cansa. A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem ‘E se’ ! A gente completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você. Enquanto a gente enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradece a Deus! Porque no dia que a gente aceitar tranquilamente te dividir com o mundo, a gente não ficou mais compreensiva, a gente parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a gente cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E estamos numa relação, não numa sessão espírita. A gente entende e respeita seu jeito, desde que você supra pelo menos o mínimo das nossas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Vocês nem sempre sabem, mas além de peito e bunda, a gente tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. Somos damas, somos dramas, acostumem-se. Mulher não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver aguentar o tranco de conquistar corpo e alma, até o final.
E eu fiquei aqui, pensando... E eu? Desisto?


Depois de muito pensar, eu comecei a escrever.

E do alto de toda essa efervescência feminina, de toda essa fulminância sentimental, dessa urgência em amar e ser amada, de maneira plena, completa, sem arrependimentos, eu realmente me questiono: eu, enquanto homem, enquanto pessoa, sou capaz? Será que me basta ouvir todas as queixas e desabafos, ser compreensivo, nunca aumentar o tom de voz, olhar nos olhos ao dizer que "eu te amo"... Será que me basta enxugar as suas lágrimas, de pegar no colo e te fazer pegar no sono, enquanto acaricio o seu cabelo, e tu fazes caracóis com os do meu peito? Talvez... O teu mínimo com certeza é o máximo, o sonho de consumo de alguém. E a cada frustração minha, em tentar ser completo para uma, para outra, para todas, eu me faço um homem melhor. Talvez, nessa hora, seja você o meu mínimo. Ou não. Mas uma coisa é certa: serei eu.


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