E é na essência dos dias que se molda o amor, que se constrói um futuro, e que se vivem os sonhos... O amor, aquele que de acordo com a falácia surge à primeira vista, não é o mesmo amor sólido que todos nós desejamos, que passamos e damos a vida para conseguir. E que tipo de amor seria esse, que surge sem ao menos ter-se certeza das qualidades e defeitos do seu alvo, que sequer conhece a tolerância, a paciência, a resiliência? Não, tal amor só surge na essência dos dias, da convivência, entre mau humor matutino e o cansaço noturno.
Tal qual o amor, o futuro também não nasce do vazio. Também se constrói a cada dia. Nenhuma mudança é fruto da inércia, da apatia, da impassidade. O futuro, o qual passamos a vida planejando, passa constantemente por adaptações, já que planos invariavelmente falham. O futuro não nasce da dúvida, nem do medo, muito menos do derrotismo.

O amor, que sobrevive ao tempo e se preserva intenso e livre no futuro, se sustenta na leveza com que todos nós vemos a vida, com que lidamos com as agruras do dia a dia. O futuro, que construímos a cada dia, se molda na nossa capacidade de sonhar, de estabelecer um novo foco sempre que um antigo é alcançado, ou se mostra inacessível. É esse o amor que eu sinto, e que pretendo sentir até o fim dos meus dias,
por você. É esse o futuro que eu planejo
para nós dois.