E quando o mundo desabar, quando seus pés pisarem em nada além do que espinhos e brasas, lembre-se de que durante o sono, você fantasia. Lembre-se de que durante o sono, o mundo é perfeito, não há mágoas, ou lágrimas, ou dor. Lembre-se que, mesmo não podendo dormir, seus pés ainda podem chorar, numa caminhada sem rumo, sem duração, e muitas vezes sem sentido.
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Lembre-se que, mesmo que não haja o sono, nem os passos, seus olhos ainda podem lavar desde a alma ao coração. Que essas mesmas lágrimas podem não trazer a solução dos problemas, mas aliviam a dor de um momento que nunca se sabe se ou quando vai se repetir. Lembre-se que a voz ainda tem o poder de fazer ecoar um pedido de perdão, ou um grito de dor, e que essa mesma voz pode fazer pessoas sorrirem ou chorarem, seja com melodia ou poesia, seja com ferro ou fogo, na medida do seu próprio estado de espírito.
Lembre-se que, mesmo que todo o resto falhe, a fé (naquilo a que você se apegar, qualquer crença que valha) ainda move montanhas. Que pessoas se curam com a fé. Que milagres acontecem pela fé. Que a fé é o último sopro de esperança que pode lhe restar, antes a entrega, da desistência, da derrota.
E quando tudo isso acabar, também se lembre de que seus pecados são seus. Que seus erros são seus, que suas mágoas são suas, e não deixarão de serem suas, mesmo que lhe entreguem facas, punhais, lanças e balas. Serão seus calos, marcas dos seus esforços, da sua caminhada pelo amadurecimento, do seu entendimento sobre como as pessoas são, pensam e agem, num ciclo vicioso de amor e ódio. Lembre-se que dor gera dor, e que amor gera amor, em igual proporção. Lembre-se que dor é como memória, e memórias são como zumbis. Ou como anjos. Não morrem, não se enterram, e assim como o um, ou como o outro, lhe trazem sorrisos, ou ainda mais dor.
Lembre-se que, mesmo que todo o resto falhe, a fé (naquilo a que você se apegar, qualquer crença que valha) ainda move montanhas. Que pessoas se curam com a fé. Que milagres acontecem pela fé. Que a fé é o último sopro de esperança que pode lhe restar, antes a entrega, da desistência, da derrota.
E quando tudo isso acabar, também se lembre de que seus pecados são seus. Que seus erros são seus, que suas mágoas são suas, e não deixarão de serem suas, mesmo que lhe entreguem facas, punhais, lanças e balas. Serão seus calos, marcas dos seus esforços, da sua caminhada pelo amadurecimento, do seu entendimento sobre como as pessoas são, pensam e agem, num ciclo vicioso de amor e ódio. Lembre-se que dor gera dor, e que amor gera amor, em igual proporção. Lembre-se que dor é como memória, e memórias são como zumbis. Ou como anjos. Não morrem, não se enterram, e assim como o um, ou como o outro, lhe trazem sorrisos, ou ainda mais dor.
Apenas lembre-se.