04 março 2007

"Era tanta saudade que é pra matar"...

Hoje eu acordei um tanto tarde, às 9:30 da manhã. Depois de uma noite intensa, tirando palavras de não sei onde para consolar alguém há mais de 1300 km de distância (um doce de mulher), deito e penso: e o que é que se passa na minha cabeça? Há uma semana (ou mais) eu não troco palavras, se quer olhares com a mulher que um dia foi a minha melhor amiga. O motivo? Talvez alguma coisa impensada dita por ambas as partes a nervos esquentados, talvez o acúmulo de pequenas alfinetadas em 6 meses de conversas e tentativas de apaziguar os ânimos. É duro olhar para trás, ver olhos brilhantes e felizes, e ver que as coias desandaram tão rápido... Talvez apenas eu me sinta assim, saudoso. Ou não tanto... Não faço a mínima idéia do quanto eu fui/sou querido praquela pessoa. Afinal, a nossa amizade é/foi tão intensa... As confissões trocadas de ambas as partes ainda se mantém ali, secretas, mas não mais aumentaram em conteúdo. Nem em importância... Era prazeroso participar da vida daquela mulher, somos tão diferentes um do outro que (eu acho) acabamos aprendendo muito (eu espero) um com o outro. O aprendizado, as experiências trocadas, os risos e prantos... Tudo isso são coisas que levaremos pra toda a vida. Mas, e o futuro? O futuro a nós pertence, pois Deus nos deu o dom do livre arbítrio. O nosso futuro (e o nosso) é fruto das escolhas que fazemos, e eu fiz a minha. Talvez não a mais acertada, talvez apenas temporária... Mas até que a ferida cicatrize, a cabeça mude e o coração relaxe, acredito eu que seria ainda mais mortífera a sua companhia, ainda mais difícil de se conviver... A saudade é tanta, que é de matar... E se o amor de dois amigos puder ser tão intenso quanto o de dois enamorados, tomo agora como minhas as palavras do bom e velho Vinícius:
De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao meu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive) : Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Soneto da Felicidade - Vinícius de Moraes
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