30 dezembro 2008

Java Code Conventions

Terça feira, e quase nada pra fazer. Ai vou eu estudar um pouco de java. Abri o PDF do livro de certificação, e vi que ele fazia referência ao Java Code Convention. Como eu nunca tinha lido sobre ele antes, em nenhum tutorial sobre java que eu ja tenha visto na net, eu achei interessante postar aqui (esperando que alguma alma penada leia meu blog :D). Acredito que seja bastante útil pra quem está começando a codificar nesta linguagem, pois ajuda a perder um pouco do vicio de outras linguagens, como C++, por exemplo.

29 dezembro 2008

Mulheres mais velhas... (2)

As coisas realmente ficam mais sérias quando se resolve dar um passo além. Pra alguém meio que recém saído da adolescência, um envolvimento com mulheres mais velhas a nível das boas e velhas "ficadas" não lhe parece nada dificil. Muito pelo contrário, alguns dizem que isso é até saudável, consegue-se aprender como dar e receber prazer das melhores formas possíveis, perde-se a inocência corporal e etc, etc, etc... Talvez a coisa mude um pouco de figura quando as coisas passam de "ficadas" pra namoro. E é numa frase simples, mas bastante importante, que eu tenho pensado constantemente. Entre outras palavras: "Idades diferentes, fases diferentes, necessidades diferentes... Se isso não for bem contornado, pode trazer dificuldades". E, imediatamente depois, revendo aqueles conselhos, penso em mais uma frase: "treine liberdade e desapego; saiba que cada mulher é inesgotável". Mesmo na mesma faixa de idade, existem mulheres com personalidades diferentes, necessidades diferentes, anseios diferentes. E é extremamente dificil (ao menos pra mim) tentar decifrar o que essas tais balsaquianas buscam numa relação com um garotão de seus 20 anos. Sexo por sexo? Não, algumas buscam mais do que isso. A ansiedade e a impaciência que os jovens ainda insistem em cultivar? Talvez, mas algumas realmente odeiam isso. Quem sabe o conflito de gerações? A criação que a geração daquelas mulheres tiveram difere, ainda que muito pouco, da criação que seus garotões tiveram. Conflito de valores, e de tantas outras coisas, talvez as atraiam. Talvez aquele jovem (formado em ciências exatas, com cara de nerd, que já trabalha com carteira assinada e tem planos pro futuro) lhe passe um senso de responsabilidade. Talvez ela não encontre isso num pseudo-adulto de mesma idade que ela. Talvez não seja nada disso... E como dizem as boas línguas, elas realmente sabem o que elas precisam para serem felizes. Na medida certa, e na hora certa. E o mais importante: elas não deixam que ninguém interfira nisso. Basta um simples arranhão na redoma de vidro que envolve o seu ideal de felicidade, e tanto o jovem (responsável, mas um tanto inexperiente) como o pseudo-adulto são jogados de lado, exatamente do mesmo jeito que aquele par de saltos nº 15 bico fino que tanto lhe apertam os dedos.
Isso me faz pensar que eu ainda tenho
muito o que aprender...

18 dezembro 2008

Conselhos para mim mesmo

De bobeira na net, passeando entre blogs, eu passei por um post e me detive por minutos, olhando, olhando, olhando... Acabei parando neste post, do qual eu colo aqui os trechos que eu realmente preciso interiorizar...


4. Aprenda a sorrir quando tudo o força a se contrair.

“A man should lie with a hurting heart rather than a closed one”, ensina David Deida. Normalmente nos abrimos ao prazer e nos fechamos para a dor. Eis um grande equívoco. Quando tudo desabar e só restar uma incurável dor, sinta-a inteiramente, mantenha o peito aberto e a pele do avesso. Olhe fundo nos olhos de seu sofrimento, sem medo, sem esperança. O homem que se fecha para seu sofrimento se trava igualmente para a alegria, para o êxtase, para o amor e, principalmente, para a dor e sofrimento de suas parceiras.


6. Exiba sua parceira ao mundo como um tesouro sem dono.

Deixe que ela brilhe para muito além de seus olhos. Sempre que você a restringe e a esconde do mundo, você reduz a beleza que ela apresenta a você entre quatro paredes. Ela será mais e melhor com você somente se seus encantamentos forem lançados nas dez direções. Quanto mais exercer fascínio sobre todos, mais você terá de ser homem para conquistá-la de novo e de novo – e assim, mais ela será toda sua. Se a alma feminina parar de irradiar suas delicadezas ao mundo, ela naturalmente não mais as entregará para você. Treine liberdade e desapego. Saiba que cada mulher é inesgotável.

7. Interprete todas as confusões femininas como um teste para sua consciência.

Na verdade, TPM significa “Teste de Potência Masculina”. Cada indecisão, chatice, amolação, neurose (pelo lado negativo) e cada provocação, insinuação, sedução (pelo lado positivo) é apenas um teste para verificar nossa força e lucidez. Desde Eva, as mulheres se organizaram em uma conspiração para promover a iluminação completa dos homens! Para que atinjamos a liberdade suprema, elas usam mini-saias, saltos altos, calcinhas minúsculas. Para que sejamos sábios e compassivos, elas se especializaram em nos atrair com suas curvas e peles para depois nos irritar, chatear e complicar ao máximo nossas vidas. A cada 28 dias, lembre-se de agradecê-las.

E a propósito, amor... Obrigado!
Nota mental: isso é URGENTE!



9. Use seu lado maligno.

Trabalhe com suas energias negativas. Respire sua raiva em vez de empurrá-la para debaixo do tapete. Se ignorar seu lado obscuro, violento e diabólico, deixará de oferecer algo que toda mulher precisa. Nossa capacidade de matar ou de estuprar alguém não deve ser reprimida. As mulheres são atraídas por essa força destemida. Quando não a usamos, enfraquecemos e elas se distanciam. Toleramos provocações, aceitamos conduções erradas, sofremos, nos contraímos. Muitas vezes é preciso interromper as energias femininas, render completamente uma mulher, espancar negatividades, assassinar fixações com a força de nosso amor.

09 dezembro 2008

Saudade e Desejo...

Suor. Calor. E assim o tato é mais sensivel do que em qualquer outro momento. E assim o olfato é mais sensivel do que em qualquer outra época. Nunca dois corpos puderam relaxar tanto... Nunca uma música poderia ser tão especial, nunca a penumbra poderia ser tão bem vinda. Nunca duas pessoas estiveram tão felizes por estarem tão cansadas, como após naquele instante... A respiração é falha, ofegante, o beijo é agridoce, os olhares são tenros... E ainda que seja impossível, dois corpos tentam desesperadamente ocupar o mesmo lugar no espaço/tempo. E diante da impossibilidade, tais corpos, ao menos, tentam permanecerem unidos pela pele, na tentativa de parar o tempo, ou fazê-lo passar tão devagar quanto possível. E nos vapores que emanam imperceptivelmente da pele de ambos, com seus aromas, aqueles corpos extraíam os resquícios do amor intenso que sentiram. E é assim que a vontade de ir embora míngua...

E foi assim que, sentado nas pedras, olhando o mar revolto adiante, e sentindo a brisa fria ouriçando os pelos do meu corpo, que eu lembrei de você. E é assim que, hoje, eu te desejo, o quanto antes...

08 dezembro 2008

8 ou 80?

Há quem erre pelo excesso. E quem erra pelo excesso, erra pelo medo, pela insegurança. Há quem erre pela falta. E quem erra pela falta, erra pela mágoa... E você? Que tipo de erro comete?

24 novembro 2008

I'm yours...




Link direto do youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=ydRN1BmV2Hg&hl=pt-BR


Eu caí por entre o rochedo
E estou tentando voltar
Antes que o frio passe
Eu estarei dando o melhor que posso
Nada me deterá a não ser intervenção divina

...

Eu passei muito tempo olhando minha língua no espelho
E fazendo de tudo para poder entender melhor
Meu hálito embaçou todo o vidro
Então eu desenhei um rosto feliz e ri

...

Então eu não hesitarei mais, não mais
Isso não pode mais esperar, tenho certeza
Não há necessidade de complicar
Nosso tempo é curto
Este é nosso destino, sou seu

12 novembro 2008

Honestidade me custou R$260,00

Mais uma tarde fatídica de novembro. Saio do almoço e vou ao caixa eletrônico sacar alguma grana pra ajudar nas despesas de casa. Peço pra sacar R$360,00 e pasmem: o caixa eletrônico me concede a bênção de R$620,00. Pensando com o lado honesto desse corpo podre, eu resolvi entrar na agência (não revelo por questões de constrangimento do tesoureiro) pra checar o que aconteceu. Se eu houvesse digitado errado, eu teria sacado sem necessidade um dinheiro que iria me fazer falta depois. E se foi erro do banco, eles poderiam descontar o excedente da minha conta (cujo saldo cobria com folgas essa quantia).


Balanço: 40 minutos de espera, um pedido de desculpas e um "muito obrigado" pela honestidade. Nada mais. 


Fazendo lá as minhas contas, deduzi que o tesoureiro colocou notas de R$20,00 onde deveriam estar as notas de R$10,00. O caixa eletrônico foi bloqueado imediatamente após constatarem (via extrato bancário) que eu realmente só tinha pedido R$360,00 (descartando qualquer erro de digitação), a gerente constatou o engano, e, pelo visto o tesoureiro vai ter que arcar com o prejuízo...


Imaginem se eu, de má fé, resolvo sacar todos os 4 digitos do meu saldo em notas de "dez" (que na verdade eram notas de vinte), encerrar a conta e depositar a bolada em outro banco, em outra agência?

07 novembro 2008

De volta ao Cais.



E enfim, o navio, que antes navegava em águas inseguras, turbulentas, volta a encontrar o caminho do seu porto seguro. Eis que o capitão agradece ao faroleiro, por guiá-lo até as boas águas com sua luz direta, porém tênue. E tão agradável é a sensação de pisar em terras familiares, que até o seu sorriso, bela moça, faz o capitão sentir-se em casa...


É nesta casa que ainda moram os seus desejos de homem, há muito retidos entre as paredes de ferro e o horizonte azul, desejos estes saciados em apenas uma noite. E do maremoto que se sucedeu na sua chegada, fazendo pernas e voz tremerem, esvaindo-se em vapor e suor, uma frase embala o sono do velho lobo do mar:


"agora eu me sinto mais sua..."

31 outubro 2008

Porto Seguro...

E do olhar surge o desejo. Desejo intenso, avassalador, que me tira o fôlego. E o jeito doce e quente com o qual me toca, o jeito puro e devasso com o qual me beija, faz-me pensar no quão homem eu sou, e no quão homem eu ainda posso ser. Teu cheiro, que se mistura com meus fluidos, traz-me mais que o gozo do roçar dos corpos, que os gemidos displicentes que ainda insistem em ecoar pelas paredes do quarto. E mesmo quando nossos corpos, esvaídos pelo êxtase, não conseguem nada mais além de se manterem quietos estirados sobre a cama redonda e macia, ainda há fôlego pra sussurrar, ao pé do ouvido, um simples - mas poderoso - "eu te amo".

Há mais do que satisfação na sensação que tenho ao lhe ver de olhos cerrados, de corpo inerte, de respiração ofegante. É como se nesse momento, se materializasse da forma mais intensa toda a nossa entrega, toda a doação... Olhar-lhe ali, completamente inerte, faz-me querer lhe satisfazer ainda mais, mas de formas ainda mais verdadeiras e sutis, que com certeza extrapolam os corpos despidos, as quatro paredes, e o suor que ainda escorre pelo seu corpo. Faz-me querer ser o seu porto seguro, de alicerces fortes, tão inabalável quanto o seu bom humor.

E pra ser o seu porto seguro, tão seguro quando você necessita (e quanto eu desejo ser), é preciso que eu ponha (de novo) os meus pés no chão. Que talvez eu abdique dos caprichos e vontades de um menino que ainda aprende a andar com as próprias pernas, "recém saído dos cueiros", como talvez você diria. Esse mesmo menino precisa sim aprender com os erros, os próprios e os dos outros. Entretanto, que meus erros sejam tão pequenos a ponto de ainda condizerem com a barba que cresce em meu rosto...

O seu homem, como aliás você mesma gosta de proferir, é uma simbiose do desejo, energia e força de um homem, e a candura, leveza e carinho de mulher. Diria eu, agora, se já não houvesse lhe cantado em outro momento, "eu te amo", oh alguém, que ainda insiste (e dou-lhe graças por isso) em me guiar pela estrada do bem...

29 outubro 2008

Resignação?

A frustração inerente ao homem puro esvai-se a cada gole. A força de vontade que ainda resta no homem que tornou-se impuro tenta transformar a fossa em glória. E eis que num segundo o tempo pára, e a candura nos olhos da menina dá lugar ao medo, à decepção, e à lágrima que agora escorre pelo rosto do homem fraco. "Levanta-te, pobre homem", diz a menina, no mesmo choro copioso ao qual o homem fraco está agora fadado, enquanto o torpor ainda lhe faz efeito.

E a cada dia, a cada manhã, lá está o homem impuro e fraco, deitado sob a marquise do prédio velho, com seu falso amigo debaixo do braço. E a cada dia, a cada manhã, lá está a mesma menina, com aqueles mesmos olhos, com aquela mesma voz, fazendo-lhe aquele mesmo pedido. Lembrança de um tempo onde o homem fraco ainda era forte...

Até que numa manhã qualquer, aquele homem ainda fraco esfrega insistentemente os olhos ofuscados pela luz tênue da manhã. "Levanta-te, pobre homem", ele insiste em ouvir. Olha para um lado, olha para o outro, e segurando o seu velho amigo pelo pescoço, percebe que ele está vazio, não há mais nenhum outro gole. Estava sóbreo, e aquela voz não lhe parecia mais uma lembrança. Não sabia ele se o gosto estranho na boca era o gosto de sangue, ou a ausência do seu néctar matinal, até agora encarado como fonte de alívio. Quem lhe tiraria a dúvida, afinal?

17 outubro 2008

FindBug x Eclipse = Eles também erram?

Essa semana eu mudei de "emprego". E no emprego novo, eu cheguei numa semana bem interessante: seminários pós-almoço, pra aproveitar melhor o ócio pseudo-produtivo. E aproveitando ainda o ócio pseudo-produtivo da minha primeira semana, eu resolvi postar algumas coisas interessantes.

No seminário de hoje, foram apresentadas ferramentas de inspeção de código. Entre elas, o CheckStyle, o PMD e o FindBug. Como o FindBug já estava instalado no ambiente, lá vou eu rodá-lo em cima de um projeto qualquer, e encontrei um fato interessante. O Generate Getters and Setters do eclipse não segue as "boas práticas" de programação, apesar de ser algo extremamente útil no dia a dia dos desenvolvedores. Note:
public class SomeClass {
    private Timestamp someDate;
    ...
    public Timestamp getSomeDate() {
        return this.someDate;
    }
...
}
Esse é o tipo básico de getter que o Eclipse gera. Entretanto, ele tem um problema. Ele retorna uma referencia direta para o membro someDate, que poderia ter seu valor alterado de maneira indiscriminada. O mais correto seria desta forma:
public Timestamp getSomeDate(){
    return new Timestamp(this.someDate.getTime());
}

Neste caso, a instância retornada pelo método não é a mesma que a classe armazena, preservando assim a integridade dos seus dados. Analogamente, o setter gerado pelo eclipse:
public void setSomeDate(Timestamp someDate){
    this.someDate = somedate;
}

Deveria ser implementado como:
public void setSomeDate(Timestamp someDate){
    if (someDate != null) {
        this.someDate = new Timestamp(somedate.getTime());
    } else {
        this.somedate = null;
    }
}

Veja Também:

12 outubro 2008

Conto de Fadas

Quem é o infeliz ser humano que não sonha em tudo tão perfeito, quanto pintam os contos de fada? Ainda que sejam aqueles dos tempos modernos, onde o cavalo branco é um honda civic ultimo ano, onde o castelo é um apartamento num prédio "um por andar"... Onde a princesa não é mais casta, e o "felizes para sempre" dá lugar ao "que seja eterno enquanto dure"... E quão ruim é ver que um conto de fadas, às vezes se racha... ou se quebra? É como uma criança que tem seu brinquedo favorito arrancado das mãos... Aquele conto de fadas, onde às vezes nos escondiamos das frustrações e medos de outrora, volta e meia se quebra, e nos revela aos olhos do mundo. É nessas horas que choramos feito a tal criança, sem o brinquedo. Também é nessas horas que torcemos para que, assim como a criança que acha um pedaço de madeira no chão e imagina uma espada, achemos outro ópio para as nossas frustrações... Ou, a melhor das soluções, nos tornemos adultos de vez, mas sem perder a candura dos tempos de criança.
"Só em pensar no medo que eu tenho de que o meu conto de fadas se quebre..."

08 setembro 2008

A mulher de 30 anos.

Alguns dos mais sagazes apreciadores da existência feminina dizem que as mulheres de trinta anos são as mais interessantes dentre todas as outras. Dizem que elas perdem o "frescor" da juventude, entretanto, adquirem toda a segurança, a objetividade, a confiança que deixam a nós, homens, de queixo arrastando no chão. Essa teoria é antiga, que o diga Honoré de Balzac. Alguns dos homens mais insensíveis dizem que elas são mais interessantes porque são mais abertas ao sexo sem compromisso. E é isso o motivo de algumas delas sentirem determinado pavor em se envolver com algum mancebo entre 12 e 20 anos mais novo. Sim, elas (boa parte), de fato, são mais propensas a sexo sem envolvimento, mas simplesmente por já terem alcançado a maturidade suficiente para decidirem o que querem para si, nas diversas fases do seu ciclo emocional. A quem sabe apreciar as qualidades (e talvez defeitos) de uma mulher assim: voilá... E mais uma vez, o destino (o universo, Deus, ou seja lá que força maior orquestrar os nossos passos) deu-me a oportunidade de conviver e ter para mim uma mulher exatamente assim. Balzaquiana. Diria ela, talvez, um "e com orgulho!", frase esta a qual eu concordaria de imediato... Quer ler? A mulher de 30 anos - Livraria Saraiva A mulher de 30 anos - Livraria Siciliano

26 agosto 2008

Tentações x Lei da Atração

Dessa vez, nada de escrever textos em terceira pessoa. Falando em primeira pessoa, porque hoje eu estou com um pouco de preguiça de elaborar um texto mais formal. Pois bem, ontem eu estava esperando a minha namorada no saguão de espera do SAC/Iguatemi (SAC = Serviço de Atendimento ao Cidadão), e na televisão de plasma de 42'' passava o filme The Secret (O segredo). Ja tinha lido o livro, o filme nada mais era do que a sua transcrição. Entretanto, rever aquelas palavras me fizeram pensar numa coisa...
Todos nós ja vivemos a situação na qual estamos sozinhos, um tanto carentes, onde tudo o que queremos é apenas uma migalha de atenção e carinho. E é justamente nessas horas que nós não os temos. Em contrapartida, quando estamos felizes com nossos(as) parceiros(as), volta e meia recebemos a ligação de algum pretendente, ficante, "amaziado" ou algo do tipo. Alguns pensariam "o que que custa dar uma puladinha de cerca, ja que ninguém vai saber"? Nos deixamos levar, caimos em tentação (não necessariamente num contexto biblico aqui), e quando vamos ver, damos a mancada de nos afastarmos da situação agradável e estável de antes. E então, o ciclo recomeça: ficamos carentes de novo, querendo qualquer migalha de atenção e carinho, e, novamente, essas migalhas não aparecem. Esse é um ciclo tão comum, que a maioria das pessoas sensatas simplesmente o evita. Mas, naturalmente, há uma explicação lógica para tudo isso, a qual muitas vezes não nos damos conta. Carência atrai carência: quanto mais carentes nós estamos, mais carentes nós ficamos. E quando estamos acompanhados, felizes, simplesmente irradiamos felicidade, que acaba atraindo "moscas" feito mel (ou feito um copo de coca-cola numa barraquinha de cachorro quente). O mais natural seria afastarmos as moscas, cobrir o copo/mel com alguma coisa, mas, em se tratando de moscas com seios fartos, coxas grossas e bumbum redondo, firme e relativamente avantajado, essa tarefa nao é tão fácil assim. Cultivar felicidade num relacionamento atrai mais felicidade, tanto dentro como fora dele. E se tal relacionamento não traz mais tantos frutos bons, talvez valha mais a pena cuidar de si próprio, avaliar o que está errado consigo mesmo, ao invés de cobrar do(a) parceiro(a) mais atenção, mais carinho, mais dedicação. Simplesmente porque cobrança atrai cobrança... Veja Também: The Secret - Site Oficial The Secret - Wikipedia

15 agosto 2008

Inseguridad

"Yo no puedo dejar a la inseguridad vencer a la pasion! Es un rio de amor sin fin que desama dentro de mi. Desejo insasiable, pasion incontrolable..." Inseguridad - Alexandre Pires
Insegurança. Na grande maioria das vezes, a paixão está atrelada a ela. Quando estamos apaixonados, vêmos no objeto da paixão um ser perfeito que atende a todas as nossas necessidades momentâneas, uma esperança de um futuro bom que nos entorpece por algum tempo. E nesse meio tempo, defeitos aparecem, peculiaridades da personalidade de cada um se afloram, até que o ser perfeito de outrora é apenas um ser... O medo de que esse "ser perfeito" se desfaça é o que na maioria das vezes desencadeia uma série de cobranças, o ciúme, e todas as demais coisas que, invariavelmente, deterioram qualquer tentativa de relacionamento amoroso. Talvez tão ruim ou pior é o medo de errar, porque tolhe qualquer tentativa de espontaneidade, e acaba por aprisionar as emoções dentro de nós mesmos. Tanto medo de perder e/ou errar se traduz em medo de ser feliz, pelo medo de que tal felicidade se perca, da dor que essa perda eventualmente traria, da frustração e decepção eventualmente atreladas a tal perda. "Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure", ja dizia Vinicius de Moraes, em seu Soneto da Felicidade. Deixar-se ser feliz nos ajuda a reconhecer o que de bom o(a) nosso(a) companheiro(a) faz por nós, ao invés de nos concentrarmos em erros, defeitos e incompatibilidades, que com certeza agridem a auto-estima de qualquer um. O importante é viver intensamente qualquer felicidade responsável que nos apareça pela frente, independente do quão breve ou de quanto sofrimento ela venha acompanhada. Veja Também: Roteiro para ser feliz no amor - Flávio Gikovate

30 julho 2008

E mais uma primavera...

Mais um ano de vida. Mais um ciclo recomeça... Talvez seja nessas horas que a gente deva pensar se o que andamos fazendo de nossas vidas faz realmente sentido pra nós... Fazer o bom e velho balanço de nossas ações, para com o próximo e para nós mesmos. Ao menos pra mim, o saldo está sendo positivo... Formado no final do ano passado, e saindo de um namoro de um jeito meio traumático no início deste ano. Encontrado uma amiga colorida para me ajudar no processo de desintoxicação (embora os resultados não tenham sido tão bons para ela), e, enfim, encontrado uma nova oportunidade para tentar ser feliz, enquanto for possível. Ter dado a sorte de encontrar um emprego razoável para um recém formado também entra no saldo positivo, afinal de contas, ninguém "farreia" sem grana e álcool na veia, não é mesmo? Eu acho que também é nessas horas que nós fazemos planos para o futuro... Um emprego melhor, viagens, algum sonho de consumo empurrado goela abaixo pela nossa sociedade capitalista de sempre., um motivo (qualquer que seja ele) para continuar andando, de cabeça erguida, no caminho que nós escolhemos seguir. E lá vamos nós =D

16 julho 2008

Cuidando do jardim...


"Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama ou acha que ama, e que não quer nada com você, definitivamente, não é a pessoa da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você..!"

É, o bom e velho Mário Quintana tem toda a razão. Resume em palavras simplórias o que dizem alguns vescículos da própria Bíblia, as centenas de páginas do best seller O Segredo, e anos e anos de sabedoria popular. Nada mais do que o bom e velho "Ame ao próximo como a si próprio".

Tomar consciência disso torna tudo mais fácil, tudo mais breve, e mais intenso... Dá-nos tempo para aproveitar as coisas mais simples, para refletir sobre nossos quereres, e para desejá-los com toda a nossa força... Conseguir essa proeza é um exercício de paciência e auto-compreensão, que leva tempo... E a recompensa? Bem, só experimentando pra ver...

03 junho 2008

Instinto x Lei da Atração

Às vezes o instinto fala mais que a razão, isso todos nós sabemos. Em alguns momentos isso pode parecer falta de sexo, carência, ou qualquer outra coisa. O fato é que, na grande maioria dos casos, ações puramente instintivas acabam por trazer algo insuficiente àqueles em busca de algo mais significativo. Pessoas que procuram alguém pra chamar de "meu amor", pessoas que desejam experimentar um sentimento mais profundo, pessoas que necessitam viver um relacionamento mais duradouro, todas essas pessoas são acometidas de um vazio dificil de ser preenchido a curto prazo (o que, a principio, é a principal causa da frustração que sentem). Procurar "tapa-buracos" para driblar a falta do "algo mais", por incrível que pareça, pode ajudar no processo de auto-entendimento pessoal, mas a um preço relativamente caro. "Como?", perguntariam os mais afoitos. Com alguma reflexão sobre esse assunto, é um tanto fácil descobrir o porquê. Imagine que alguém carente de atenção saia ao acaso para se distrair, e encontre, com alguma frequência, sexo relativamente fácil (não falo do sexo pago). Passado algum tempo, essa pessoa acaba percebendo que não está ali a sensação de satisfação que tanto busca, apesar de reconhecer os prazeres que aquilo lhe proporciona. E onde está o preço caro disso? À primeira vista, parece nada mais do que boemia. Mas e o que dizer se alguma mulher interiorizar a idéia má concebida de que absolutamente todos os homens buscam apenas diversão em uma mulher? Ou se algum homem, da mesma forma, interiorizar a idéia de que todas as mulheres desejam apenas extorquir bens materiais (dinheiro e afins) de um homem? Isso não é dificil de acontecer, vide a maneira como meninos e meninas são criados nos dias de hoje, vide o que nos é apresentado em alguns programas de televisão, ou ainda os maus exemplos que sempre existem por ai. O "recomendável" seria procurar alguma forma de se reconhecer enquanto pessoa. A companhia dos amigos num barzinho, cinema ou algum outro programa qualquer, caminhadas, livros... Qualquer coisa que lhe permita refletir sobre os seus reais objetivos e anseios, sobre o quão difíceis eles são, sobre o custo/benefício, e sobre a certeza de que vale a pena esperar (o quanto for necessário) para que se esteja pronto. "Por isso eu vos digo que tudo o que pedires em oração, crede que recebestes, pois assim será convosco", já dizia o "Grande Livro".

23 maio 2008

O quão bem preparado você está?

Essa foi a pergunta que eu tenho me feito nos últimos dois meses. Depois de ter experimentado a catarse por um bom tempo, cairam sobre mim as responsabilidades pelas quais eu já estava esperando (e temendo) faz um bom tempo. E por mais que eu estivesse prevendo que seria difícil, bem, foi mais dificil do que eu pensava... Pressão, cobranças, dúvidas, receios... Acreditem, faculdade não é nada comparado a isso. Não é apenas mais um clichê barato de comunista frustrado aquela velha frase que diz que o mercado de trabalho é cruel. Além de ter um bom currículo profissional, de ser versátil, de ter eficiência e eficácia (duas coisas que não deveriam andar separadas), todo bom profissional deve (ou deveria) ter um QE (mais conhecido como inteligência emocional) elevadíssimo... Imagine ter que lhe dar com prazos, decisões de última hora, montantes e montantes de trabalho, além da falta de experiência (estamos falando de um recém-formado), sem falar no clima tenso que é gerado no ambiente de trabalho, em função de todas essas coisas. É de se considerar normal que qualquer um se desespere numa situação como essas, não é? Mas essa é a questão: desespero coloca todos os seus problemas no triturador de papéis? Pense que só serão atribuídas a você as culpas que realmente lhe forem cabíveis, por mais que seus superiores ou colegas de trabalho tentem lhe puxar o tapete. Seja capaz de apresentar os fatos como eles realmente são, sem distorcer coisa alguma, porque no final das contas, vc vai ter a certeza de que jogou limpo. Na pior das hipóteses, você vai sair dessa experiência bem mais maduro profissionalmente do que quando entrou, e isso já é um ganho enorme... Veja Também: Wikipedia - Inteligencia Emocional UOL - Como usar as emoções a nosso favor

21 maio 2008

Mulheres são apenas... Mulheres.

"Mulheres, por mais belas (ou não tão belas) que sejam, são apenas... mulheres. Nunca as trate de alguma forma que as façam pensar ou se sentir superiores à você. Elas são apenas mulheres. No momento em que você tratá-las como seres humanos, sem demonstrar tanto desejo na hora errada, você melhora. Você deve deixar espaço pra elas lhe admirarem, pra elas lhe verem..." Eu tenho que dar o mérito dessa frase ao meu amigo Ricardo Nascimento, e pela maneira como essa frase lhe foi concebida (um sonho). E mais, por quão verídica ela é. Eu diria que essa frase é a solução de toda a frustração dos ditos "bons homens", aqueles que são tudo aquilo que as mulheres intimamente desejam, e que no fundo são "traídos" pelo ego feminino (que todos nós já sabemos - é uma verdade mais que absoluta). Claro que toda mulher deseja se sentir cobiçada, mas o que lhe faz se sentir atraída por alguém é justamente o contrário: o mistério. Mulher é toda subjetividade. Mesmo as mais atiradas, mesmo as mais sedutoras, até estas são pura subjetividade. Mulher detesta o óbvio. E é exatamente a objetividade que sustenta o homem. Paradoxal, não? Nem tanto. Existem homens que conseguem compreender as mulheres tão bem quanto nós (meros mortais do sexo masculino) entendemos uma propaganda de cerveja, tamanha a sua facilidade. Esses heróis são do nipe de Chico Buarque de Holanda. Não é a toa que todas as mulheres que eu conheço adoram esse homem. Letras rebuscadas, de uma complexidade tão insana quanto as loucuras do Univverso numa casca de nós (santa nerdice)... É em caras como esse que nós, homens, deveríamos nos mirar. Objetividade nos desejos, mas subjetividade nas ações. Mistério... Tempo, paciência... Ser, de fato, como um felino.

20 maio 2008

De cara nova

Já faz um bom tempo que eu não escrevo nada no blog. Aí eu resolvi parar e dar uma arrumada na casa, mudar templates, formatar uma coisa aqui e ali, adicionar outras coisas aqui e ali também... Quem sabe mudando os móveis de lugar, como a minha mãe costuma fazer quando enjoa da casa, eu não consiga ânimo pra voltar a escrever como antes? Afinal de contas, já entrei no terceiro ano do blog. Tá na hora de novidade :P

06 maio 2008

Validações do tipo "existe algum" no hibernate.

Mais um perrengue daqueles que enchem o saco. Passei algumas horas (na verdade, 4 horas) pra achar uma maneira boa e simples de se fazer esse tipo de validação. Eu precisava checar se determinado servidor público estava alocado em alguma escala de trabalho para fins de regra de negócio. O grafo de entidades para uma escala de trabalho era relativamente complexo, e um criteria via hibernate era relativamente trabalhoso e complexo de se fazer. Além disso, valeria a pena fazer um criteria, apenas para algo desse tipo?
if (! listaEscalaTrabalho.isEmpty()) {
  throw new ApplicationException("messageKey");
}
O experiente Marco Antônio, colega de trabalho, tinha me sugerido fazer uma query direta no banco de dados. Não retornaria objeto algum, apenas a quantidade de escalas em que tal servidor estivesse alocado. Pode parecer um jeito arcaico, mas não, isso é GENIAL. Pense no seguinte: traz apenas um inteiro, não enche o cache do Hibernate com objetos sem necessidade, e além do mais, é rápida.
public boolean verificarServidorAlocado(
     ServidorPublico servidorPublico) {
  StringBuffer buf = new StringBuffer();
  buf.append("select count(*)...");
  ...

  Integer result = (Integer) HibernateUtil.
     getSession().createSQLQuery(buf.toString()).
     uniqueResult();

  return (result > 0);
}
Claro que a melhor maneira para resolver este tipo de problema seria usar um HQL, mas como eu não sei usar isso ainda, nada como montar a query na mão, não é verdade? Veja também: HQL - The Hibernate Query Language

02 maio 2008

hashCode() e equals() no Hibernate

Se você está manipulando elementos numa coleção persistente (PersistentSet) do hibernate, por via das dúvidas, sobrescreva os métodos equals() e hashCode(). Por quê? Veja isso: A implementação automática dos métodos equals() e hashCode() do Eclipse é falha, não realiza encapsulamento, e no caso do Timestamp e do Date, realiza justamente a comparação falha que é descrita no artigo acima. Então, o melhor a fazer seria usar o compareTo() dentro do equals(), e no caso do hashCode(), fazer algo parecido com isso:
public int hashCode() {
 final int prime = 31;
 int result = 1;

 if (getDataHoraFim() != null) {
     Calendar calendar = Calendar.getInstance();
     calendar.setTime(getDataHoraFim());

     result = prime * result
             + calendar.get(Calendar.YEAR);
     result = prime * result
             + calendar.get(Calendar.MONTH);
     result = prime * result
             + calendar.get(Calendar.DATE);
     result = prime * result
             + calendar.get(Calendar.HOUR_OF_DAY);
     result = prime * result
             + calendar.get(Calendar.MINUTE);
 }

 ...
}
note que esta implementação é totalmente diferente da implementação de hashCode() do java, que é algo parecido com:
((int) getDataFim().getTime()) ^
((int) (getDataFim().getTime() >>> 32))

03 março 2008

Enfim, Bacharel.

Eu, de pé, ali, pertinho da mesa. E Helder, me convocando da maneira mais pura possível. E naqueles 10 ou 11 segundos eu lembrei de quatro anos e meio de luta. Das várias marmitas reviradas que eu comi, esquentadas num marmitex elétrico num fundo qualquer de sala, das 3 ou 4 calças usadas nesse tempo todo, dos 3 ou 4 sapatos, das blusas finas de tão usadas... Do incentivo dos meus pais, dos meus tios, dos meus amigos... De algumas brigas ferrenhas com professores, e de cada pequena vitória... E foi assim que, tremendo, eu caminhei até a mesa. Foi tremendo que eu enfiei o dedo no anel, e recebi o título de Bacharel em Ciência da Computação da nossa querida Frieda. Foi tremendo que eu vi meus pais, orgulhosos, felizes, num grito de alforria, vibrando tudo o que podiam. Foi tremendo que eu recebi o canudo das mãos da minha mãe, e foi ali que ambos desabaram. Eu, ali, diante de professores que eu tanto admiro, de amigos que venceram junto comigo essa jornada, eu desabei. Desabamos ambos, eu e minha mãe, num choro copioso, contido por anos. Choramos de raiva por aqueles que duvidaram, choramos em agradecimento por aqueles que acreditaram, choramos como num grito de alforria... Foi chorando que eu abracei à aquela a quem eu tenho como exemplo de ideais, como fonte de força... Foi chorando que eu entreguei o capelo ao meu pai, e foi chorando que ele me foi colocado à cabeça. Foi chorando mais ainda que eu o abracei, esse a quem eu tenho como espelho de conduta... Foi chorando, assim como nós, que amigos próximos, ali embaixo, choraram junto com a gente. Alguns que me viram crescer, alguns que cresceram junto comigo, alguns professores de ensino fundamental, pessoas a quem eu trago junto do meu coração. Choramos todos juntos, numa comunhão vitoriosa... E como se não bastasse, foi essa música que embalou todo esse choro copioso. Talvez, naquela hora, muitos não soubessem o porquê de eu tê-la escolhido. Assim que eu a ouvi, eu senti que ela mexeria comigo, traria à tona toda a emoção que o meu jeito de ser insiste em conter. Obrigado, meu Deus... Eu consegui!

27 janeiro 2008

Diário de Bordo - 5ª Semana - Catarse

Catarse. Purificação da alma baseada no sofrimento involuntário. Dor que excecra pecados, ilusões, frustrações... Há quem diga que disso tudo surge um novo ser, renovado, mais forte, ciente do seu papel no mundo. Não que sofrimento seja algo bom, mas, talvez, seja algo necessário... E se assim o for, que se sofra então, pelo tempo que for preciso, até que as feridas cicatrizem (bem ou mal), o sangue estanque, e a tontura passe...


Talvez não seja necessário explodir em choro, em dor, ou em desespero, para tornar esse sofrimento suportável. Talvez, como antes, chorar com os pés seja algo reconfortante, andar sem destino, contemplar o que há de belo à sua volta... Talvez, ainda que isso seja um clichê dito pelas boas e más línguas apenas para atenuar essa dor, a vida realmente continua.

E mesmo contra a sua vontade, ela lhe empurra... E se chorar com os pés for mesmo a solução, que seja pé ante pé, um de cada vez, como quem reaprende a andar com as próprias pernas. E que nesse choro recluso, ainda haja tempo pra resgatar as boas memórias de uma felicidade in vitro, conservá-las como ensinamentos, como um sonho bom...

Veja Também:
Catarse - Texto Explicativo

24 janeiro 2008

Diário de Bordo - 4° Semana - Nemesis

É nessas horas que nós tentamos, de toda forma, explodir em dor, em choro, em desespero. E por mais que seja essa a minha vontade, hoje, e agora, eu simplesmente não consigo. Perdi a mulher mais incrível que eu conheci em 23 anos de existência pura, nua e crua, ora pelo excesso de zelo, ora pelo excesso de omissão. Sim, omissão... Queria ela que eu fosse mais impulsivo, que eu cobrasse dela algo que, a princípio, deveria ser dado de pura e livre vontade, de modo espontâneo: atenção, empenho, paixão. Acredito eu, embora possivelmente esteja enganado, que nada obtido como fruto da cobrança é natural, desde um simples sorriso até a mais incrível das demonstrações de afeto. E ainda que isso seja mentira, a dor de quem já foi cobrado (e assim tem sido a minha vida) é ter que cobrar: esssa dor, hoje, é insuportável. Essas últimas 4 semanas soaram pra mim como um ciclo menstrual. Da primeira, o alívio de não ter mais a angústia de não tê-la por perto. Da segunda, a alegria de tê-la como ela é, vivaz, e de me sentir o mais afortunado dos homens, por assim dizer. Da terceira, a TPM, a tensão que previa a morte de todos os sonhos bons que eu havia cultivado. E ontem, a morte em si, e com ela o sangue. Esse, com exceção de todos os outros ciclos, não há de se renovar. Acredito que eu tenha plantado a semente, e a regado da melhor maneira possível. Que tenha valido de algo tudo que me propus a sentir, que a doação não tenha sido em vão... Pois se assim o for, eu haverei de me culpar por um bom tempo...

15 janeiro 2008

Diário de Bordo - 3ª Semana

Excesso de zelo pode ser algo prejudicial. Sim, isso até parece óbvio, mas nem tanto para os perfeccionistas, e para aqueles que se dizem fechados, seja por natureza, seja por opção. Para os primeiros, a sensação de perfeição funciona como uma espécie de premiação, dada a motivação e o empenho em fazer com que tudo corra bem. E aí, como nada que é subjetivo pode ser perfeito, estão fadados ou a frustrarem-se, ou ao objeto de desejo, ou a ambos. Para os últimos, um medo inconsciente, de que tal objeto de desejo se afaste, faz com que se esmeirem em cuidados, em demonstrações de carinho e afeto. E com o medo, vem o exagero. Com o excesso de zelo, vem a omissão. Sim, pois na ânsia em tornar tudo perfeito, ou no empenho em isolar o isolamento, perfeccionistas e fechados em si mesmos vêem na felicidade alheia a sua própria. Tendem a ser compreensivos em excesso. Omitem pequenos incômodos até que não sejam mais suportáveis, e assim deveria ser, salvo o fato de que com a compreensão vem a cumplicidade, e com a cumplicidade, a sinceridade. Falar do que lhes incomodam não significa, necessariamente, uma cobrança em demasia, o medo de ambos. Nos perfeccionisas, tal cobrança é feita mais sobre si próprios. Nos fechados em si mesmos, a cobrança é explicada pelo medo contínuo da ausência daquilo que tende a ser o seu ponto de apoio... Empenho em fazer real um conto de fadas não é errado, mas também certo não é fazê-lo ao custo do próprio bem estar. Como dizem os bons e velhos ditados, bases da reconhecida e valorizada sabedoria popular, "dois pesos, duas medidas". Felicidade, aquela criança levada de outrora, é filha de pai e de mãe, e isso é uma coisa a se pensar...

10 janeiro 2008

Diário de Bordo - 2ª Semana

Não, isso não é mais um episódio de Star Wars. Muita coisa se passou desde o dia do UNIFEST até agora, entre elas, o fato de eu estar namorando... Nesse meio tempo eu andei pensando em muita coisa: em como eu deixei a ansiedade tomar conta, em como isso quase me custou caro, em como doeu ficar na minha por um bom tempo, até as coisas esfriarem, e esquentarem de novo... E agora, é como se eu estivesse parado na frente do espelho, e o meu reflexo me dissesse "quem é você?" Obviamente, eu ainda sou o Leandro Soriano que eu conheço. Mas muita coisa mudou em mim de um ano pra trás, especialmente nos últimos seis meses. Criei algumas coragens, mas também alguns medos. Experimentei coisas que não são da minha personalidade, e outras que eu realmente tinha vontade de fazer, pra entender o porque de serem como são. Isso me fez acrescer mais algumas páginas à minha visão de mundo, e eu espero que ela esteja madura o bastante pra enfrentar o que vem pela frente... Hoje, eu tenho em minha vida uma pessoa com um sorriso de diamante. Uma negra linda, espontânea, com uma energia contagiante, que consegue alegrar a todos ao seu redor quase que num passe de mágica. Não é tanto por mim que eu tento agir do modo mais correto possível, é mais pelo voto de confiança que me foi dado, pela oportunidade, pela tentativa... Ainda é cedo pra lê-la em seus olhos e medir o quanto de envolvimento nós temos um com o outro, e talvez seja isso que me faça pisar em ovos todos os dias. Mas, no que depender de mim, tudo dará certo, e será tão intenso quanto eu puder...