29 junho 2006

Angústias do Coração


Pela primeira vez, vou usar esse blog como o que ele inicialmente deveria ser: um diário. Preciso escrever, já que essa é a única maneira que encontro - além de cantar e tocar violão - para desabafar, e ainda assim, vejo que não vou conseguir... Pois bem, tentemos, então, visto que não tenho outras válvulas de escape... Nunca havia me atraído tão fortemente por mulheres mais velhas quanto agora. Vejo-me esperando as horas passarem devagar demais, à espera da próxima vez em que eu a veja apontando na esquina. E eu ainda nem a beijei... Fala comigo, demonstra sinais de carinho, deixa-me tocá-la com um pouco mais de atrevimento, mas nada que o bom senso reprima. Dorme nos meus ombros, beija-me a face com muito mais que respeito por um filho, ou alguém mais novo, como de fato, sou. De uns tempos pra cá, isso tem se intensificado...

26 junho 2006

Máscaras

Esse é um assunto deveras delicado. Sabemos que as pessoas se utilizam de certas "máscaras" para os mais diversos fins, benéficos ou não, que atingem a si próprias ou outras pessoas, e podem ou não se sentirem culpadas por isso. Como lidar com isso, então? Bem, vamos primeiro ver o lado positivo das coisas. Conheço pessoas que se utilizam de máscaras para motivos bons. Tímidas ao extremo, quando se mascaram, se sentem livres para falar e fazer coisas que há muito tempo desejavam, como falar sobre sexo, por exemplo. Crescem como pessoas quando isso ocorre, amadurecem, tiram suas dúvidas e medos, e são até capazes de ajudarem pessoas na mesma situação. Tirada a máscara, voltam a ser pessoas pacatas, incapazes de discutir tais assuntos, ou fazer tais coisas, mas ainda assim alimentam idéias surpreendentes na cabeça, esperando somente uma oportunidade de concretizá-las. Porém, como em tudo na vida, existe a banda podre. Falo daquelas pessoas a quem chamamos de "duas caras", no sentido realmente pejorativo da expressão. Aquelas que mantêm uma aparência agradável, atitudes cordiais para com todos a sua volta, um sorriso de orelha a orelha, e quando damos as costas, sentimos pequenas alfinetadas, comentários maldosos, atitudes desleais, ou mesmo aquele olhar invejoso, o "mau olhado", como dizem. E é incrível como essa "energia negativa" realmente afeta o nosso desempenho nas nossas atividades, o nosso bom humor, bem estar, felicidade. Se até as plantas a sentem, por que nós não as sentiríamos? Plantas morrem, e nós? Não sei se uso máscaras, pois nunca fiz nada de que me envergonhasse, a ponto de me esconder das pessoas e de mim mesmo. Penso muita coisa que, se expusesse, com certeza pessoas que conheço me olhariam com ar de reprovação. E daí? São só pensamentos, e desde que não prejudiquem as pessoas com quem convivo, continuarei a tê-los. O importante é que ando tranquilo com a minha consciência. Pelo menos por enquanto...

22 junho 2006

Como agradar uma mulher?

Eis a pergunta cruel que todo homem nascerá e morrerá sem saber responder. Mas será que é mesmo assim tão difícil? Se nós homens somos tão insensíveis e brutos como elas dizem e pensam, como fazer para mudar (ou ao menos faze-las pensar que mudamos)? Como controlar os impulsos sexuais, tão mais exagerados em homens (munidos de litros e litros de testosterona no sangue, e uma necessidade imensa de auto-afirmação)? Disseram-me uma vez que as mulheres gostam de um "namoamigo". Um cara sentimental o bastante para não ter medo de discutir a relação, conversar sobre sentimentos, atitudes, e não apenas sobre sexo, futebol, e todas as outras coisas que nós, homens, sabemos expecular tão bem. Tive boas e más experiências a esse respeito, pois isso não é uma tautologia (sempre verdade). Existem mulheres que acham que isso é verdade, e essa "certeza" varia muito, desde um "você ainda duvida disso?" a um "você ainda acredita em papai noel?". Já ouvi mulheres que dizem que um homem sem "pegada" não é homem. Aquele que já chega "chegando", esbanjando charme, sedução, sex appeal, e algumas coisinhas mais. Só tive más experiências a esse respeito, porque não sou o "cara mais sexy da face da Terra". Detesto beijo roubado, tenho receio de receber um belo tapa no rosto, de me envolver em escândalos em ambientes públicos, sem falar naqueles olhares de reprovação, acompanhados de um "sai daqui, seu filho da p*". E como decifrar o que cada mulher deseja? Como saber das suas maiores carências, urgências, fantasias, sem contato prévio? Se "o tempo urge", as nossas carências também, ora essa. Brincadeiras a parte, é quase uma unanimidade que os homens são menos perceptíveis, no que se refere aos sinais que vocês, mulheres, nos passam. Mulher não vem com "manual de instalação", e muito menos com "configuração padrão de fábrica". Como saber se agradamos ou não? Bem, tente. E se ela não sair correndo depois disso, você ainda pode tentar de novo... Veja Mais: Dicas de Sexo Piada: como agradar uma mulher

21 junho 2006

Satisfação pessoal x profissional

Para mim, é extremamente difícil (para não dizer impossível) definir formalmente as coisas com as quais as pessoas se sentem satisfeitas. Pior que isso, é fazer as pessoas entenderem que isso é tão pessoal quanto uma camisinha, uma peça íntima, ou o gosto pelas pessoas do sexo oposto (ou do mesmo sexo). As pessoas, por motivos diversos (que vão desde a educação familiar até a influência da sociedade), possuem prioridades diversas nos seus objetivos. Estava eu, novamente, indo da faculdade para o ponto de ônibus, conversando com outra amiga minha, quando surgem questões quase que indiscutíveis. Comento sobre a minha promessa pessoal: passar o curso (de Bacharelado em Ciência da Computação) todo sem pescar (ou colar, para os sulistas) ou repetir matérias (ou disciplinas). Para mim, isso é um desafio e tanto. Sempre fui esforçado (leia "Nerd? Eu?"), visto que nunca discordei da afirmação: "sabedoria é a única coisa que ninguém pode tirar de você". Além do mais, sou negro, nunca tive vergonha disso, e sou consciente de que as coisas para nós, marginalizados (leia-se negros, índios, quilombolas, portadores de necessidades especiais, estudantes de escolas públicas, homosexuais, etc) são sempre mais difíceis. Ter esse desafio em mente é o primeiro degrau da estratégia que eu chamo de "um objetivo por vez". Não se esforçar para fazer melhor o que quer que seja, devido a possibilidade de que isso não sirva de nada, para mim, é um retrocesso mental... Depois disso exposto, surgiram comentários com tom de censura, recriminação, ou algo parecido. Comentários estes, com o seguinte conteúdo (entre outras palavras, é claro): "Não vejo graça em passar o curso todo sem pescar ou repetir matérias, porque eu vejo tanta gente se formando com louvor e não conseguindo empregos bons". Penso comigo mesmo: estar numa universidade, por mérito próprio (e não pelo preço da mensalidade), fazendo o curso dos sonhos (e não aquele que é menos concorrido) é apenas esperar um certo tempo (o mais breve possível) para pegar o diploma? É certo que muitas das coisas que se vê numa faculdade não são usadas no dia a dia, visto que podem ser pesquisadas posteriormente. Mas será que elas não merecem o mínimo de atenção para que possamos fixá-las? Ninguém discute que os métodos de avaliação discente são falhos, mas algum é necessário... Não recrimino (discrimino, condeno, escumungo ou qualquer coisa do gênero) quem pensa de maneiras diferentes. Como disse, sou adepto da liberdade de pensamento e de expressão: cada um pensa o que quer, contanto que respeite a forma como os demais pensam (leia "Palavras e Efeitos Colaterais"). Têm pessoas que se sentem menos prejudicadas, se tirarem alguns finais de semana para beber até cair, transar além da conta, dormir até criarem teias de aranha, sumirem do mapa (metáforas, é claro). O fato é que eu não penso assim, e gostaria de ser respeitado por isso. Não sou daqueles que não passam pesca (cola) aos colegas, apenas não opto por recebê-las (assim como algumas pessoas optam por economizar água, energia elétrica, gastar menos papel, andar mais a pé, etc). Tenho uma consciência frágil o bastante para isso, e preciso provar para mim o tempo todo de que eu sou capaz. E que fique bem claro: não estou caminhando pelos caminhos da fé, apenas discutindo algo que é muito aquém de questões tão profundas quanto esta. Pessoas diriam (e com razão, de certo) que Deus é a referência, na qual devemos buscar estímulo e forças para alcançar os nossos objetivos, nesta vida e na(s) outra(s) (abstraiam-se de visões religiosas, apenas generaliso - talvez equivocadamente - aquilo que a maioria das pessoas ditas religiosas pensam, sejam espíritas, católicos, muçulmanos, judeus, etc). Creio que esse Deus de quem eles tanto falam (não me chamem de ateu por falar desta forma) me deu livre arbítrio para escolher os meus próprios caminhos, contanto que eu assuma as consequências destes. E assim como Ele dá a liberdade de escolha, creio que Ele também deseja que eu cresça, como pessoa, como profissional, como filho, pai, marido, e em todas as diversas outras facetas. A conversa parou de um jeito meio equivocado, onde cada uma das partes não queria mais ser ouvida, e meio que tacitamente, diziam uma a outra: "não vou tentar fazer você entender que eu penso assim, e acho isso o melhor". Só que eu continuaria: "...melhor para mim". Acho que a conversa deveria ter começado com um "eu penso que". Assim, não me sentiria desconcertado em ver faíscas saindo do meu ego, das minhas crenças e dos meus sonhos, como numa guerra de espadas e machados entre gregos e troianos... Veja também: Dúvida de um cara sobre que carreira seguir Onda Jovem

Palavras e Efeitos Colaterais

Incrível como apenas algumas palavras podem ter poder destrutivo, transformador, ou revoluvionário. Não é a toa que as pessoas dizem "cuidado com o que fala", e, além disso, "quem fala o que quer, ouve o que não quer". Porém, acredito que saber ouvir é uma qualidade, e interpretar o que se ouve da melhor maneira possível é mais que uma virtude: é um estilo de vida. Tenho uma vizinha que conheço desde pequeno. Ela era uma daquelas ditas "não muito femininas" (não levem para o lado da opção sexual, mas para o da personalidade, do jeito de ser). Jogava futebol, empinava pipa (papagaio, para os sulistas), e todas as outras coisas que os meninos da mesma idade fazem. Não tão bonita, de maneiras grossas, palavreado chulo, fazia um certo sucesso entre nós, meninos. Sempre foi extrovertida, ria de tudo, inclusive dos tombos que quaisquer pessoas (idosos, deficientes físicos, etc) pudessem levar, de piadas de sacanagem, e diversas outras coisas. Eu achava graça naquilo tudo, pois não imaginava que meninas pudessem agir daquela forma... A menina cresceu, foi tomando corpo, mudando o jeito de se portar, e despertando o interesse dos homens. Suas formas eram muito mais sedutoras que as da sua irmã (alguns anos mais velha) e das outras meninas do bairro. Literalmnte, "entortava os pescoços" dos garotos distraídos com tantas curvas e volumes. Não obstante, eu, tão garoto (no que se refere aos instintos sexuais) quanto os demais, atraí-me por ela de forma tal que me pegava espiando, pelo muro da minha casa, as janelas da casa dela (já que somos, de fato, vizinhos). Garoto de imaginação fértil, eu idealizava aquelas formas com toques sutis de erotismo, típicos de um adolescente "amarelo" (entenda-se por "amarelo" todo aquele(a) que não possui uma vida social ativa o suficiente, no que se refere a lazer). Ainda me assusto com o poder da minha imaginação... Propositalmente, ficamos mais amigos, e passamos a conversar sobre assuntos diversos, inclusve relacionamento. Surgiram perguntas como "Que música você cantaria para mim se a gente estivesse começando a namorar?" e "Cante uma música pra mim?!". Violonista amador, com alguma destreza, lá ia eu, cantando músicas que já estava cansado de ouvir, mas que remetiam a estados de êxtase romântico, reflexão sentimental, e outros (pra não dizer "melosas" mesmo). Afinal, eram músicas que a própria pedia, não haveria porque negar. Algumas ocasiões como estas se repetiriam posteriormente... Conversando novamente sobre relacionamento, resolvi investir num entre nós. Não aqueles fixos, pois não estava com vontade de me comprometer oficialmente, nem aqueles abertos demais, pois não consigo me acostumar com a idéia de "dividir" uma garota. Afinal, não tenho vida sexual ativa o suficiente para não me abalar com um "adultério informal". Vieram aquelas desculpas esfarrapadas, típicas daquelas garotas que não querem magoar, mas não sabem o que dizer. Depois de meia hora, veio um "não vejo nada que me atraia fisicamente em você, Léo"; senti sinceridade na voz dela, pela primeira vez... Já tinha namorado, mas não era essa a razão para a dispensa, pois, segundo ela, "se estivesse com vontade, pularia a cerca" (entre outras palavras, é claro). Conformei-me com isso, afinal, não se muda aparência e porte físicos de uma hora para outra. Precisaria mudar de tática... Tentei ir pela personalidade, e não obtive sucesso. Só pela personalidade, uma amizade, para ela, já era de bom tamanho. E lá pelas tantas, conversando digitalmente via mensageiro instantâneo, tocamos novamente no assunto. Ela questionou a minha aversão aparente (para ela, mas momentânea, para mim) a relacionamentos estáveis. E eu tive que dizer: "Não sei se conseguiria aturar a sua mãe, e seus irmãos"... Eis que a ogiva nuclear detona. Deveras, eu não gosto de 80% da parte conhecida da família dela, por motivos que prefiro não revelar. O fato é que isso caiu como uma bigorna de 1 gigaton na cabeça da garota, e eu acabei reconhecendo que deveria te-lo dito de outra forma... Dias silenciosos depois, ela acabou me mandando um recado, via o tão famoso Orkut, no qual constava, entre outras palavras: não posso manter uma amizade com alguém que não gosta da minha família. Indignei-me, a princípio, com tal forma de pensar, mas respeitei-a, como sempre fiz, faço e farei. O fato é que conheço pessoas que não gostam da minha mãe, e nem por isso deixo de gostar delas. Assim como conheço pessoas que gostam da minha mãe, mas não de mim. Tenho para mim, que uma amizade se baseia em afinidades entre as duas pessoas envolvidas, e não entre estas e terceiros. E continuarei a pensar assim, até que alguém, com argumentos logicamente construídos e encadeados, me convença do contrário. Até tentei usar a tática do "ponha-se no lugar dela", e não mudei a minha opinião a respeito do assunto. Será que ser sincero demais é assim tão devastador quanto parece? Veja também: O Super Sincero - Rede Globo

20 junho 2006

Amigas! Namoradas?

Nunca entendi o porquê da expressão: "Vocês homens, hein?! Não perdoam as colegas de trabalho, nem as amigas, as primas... Se bobear, nem a própria mãe!" Sempre fui defensor do poder que os sentimentos exercem sobre as pessoas, em detrimento da hierarquia familiar (exceto incestos, é claro), posição social, idade, e quaisquer outros títulos que a nossa sociedade infamemente preconceituosa nos impõe. Diz-se dos amigos aquelas pessoas que nos conhecem bem o suficiente para apontar qualidades e defeitos, manter um grau elevado de intimidade, guardar confidências, etc. Este conceito é, de longe, o mais simples e resumido que eu pude elaborar, mas servirá ao nosso propósito. O que nos convêm aqui é: se os nossos amigos (no meu caso, amigas) nos conhecem assim tão bem, por que não tentar um relacionamento mais íntimo do que uma pura e simples (embora muitas vezes avassaladora) amizade? De fato, em alguns casos a amizade estabelecida é demasiado longa para se arriscar. E aqui se encaixam aquelas originárias do nosso tempo de colegial, ou de quando ainda tínhamos 6 ou 7 anos de idade, brincando de esconde-esconde na rua (fui longe demais?). O fato é que nossos amigos nos conhecem bem o suficiente para saber se vale a pena manter um relacionamento amoroso conosco, independente de questões um pouco menos relevantes, tais como "é, dá pro gasto" ou "não é muito bonitinho", ou seja, frisando o aspecto pessoal, e não físico. Cheguei a tais conclusões depois de descobrir (a uns 2 anos e meio atrás) que gostava um pouco mais do que devia (para ser eufêmico) de uma amiga que conheci aos 14 anos de idade. Fiquei um pouco assustado: não era para menos, afinal, nunca havia sentido algo tão forte por mulher alguma... O medo não consistia em "vou perder a minha amiga", mas em "e se ela disser não?". Essa angústia perdurou por um ano inteiro, ate que começou a interferir nos estudos. Resolvi então arriscar, e me ver livre de um peso imenso, na consciência (me arrependeria de não tê-lo feito) e no coração (saber é melhor que imaginar). E como eu imaginava, um não curto e sem graça. Não a recrimino por isso, afinal, receber uma notícia dessas não é tão comum quanto se pensa. Depois de alguns momentos de silêncio, vieram tentativas de consolo, de explicação, que já não faziam mais efeito, pois eu, na minha infame expectativa, já me encontrava estarrecido de amargura, de desespero, de frustração. Como curar os "efeitos colaterais" então? Muitas mulheres recriminam os homens quando estes, amigos seus, tomam atitudes como estas e depois resolvem se afastar. Pobre delas, se soubesem... Pensei muito em fazer isso, e não abomino os homens que o fazem. É difícil estar ao lado de uma pessoa a quem se ama (sem demagogia) e não poder ao menos sentir o cheiro do cabelo, a maciês da pele, do rosto, dos lábios... Ainda mais quando se passa quase 3 anos ouvindo as histórias amorosas da amiga, momentos que a própria julga como "os mais felizes da minha vida". Isso só me trouxe insegurança, dúvidas quanto a minha capacidade de fazer alguma mulher feliz de fato, entre outras, que não vêm ao caso (todas superadas, em parte). Afastei-me, involuntariamente, pois ela passa mais tempo na casa do pai (que mora em Campo Grande) do que na da mãe (no final da rua onde moro). Depois de alguns meses, consigo pensar melhor sobre o assunto, sem me entristecer (pelo menos, não tanto quanto antes), mas ainda não consigo responder, olhando nos olhos, "sossegado", quando ela me pergunta "como anda o coraçãozinho?". Mas, enfim, no meio das tentativas sem sucesso de explicação, vieram palavras que me fizeram pensar. "A gente se daria muito bem se a gente namorasse... Nós já nos conhecemos a mais de 6 anos"... E eis o motivo deste texto. O que faz os nossos amigos (repito: no meu caso, amigas) a pensar em coisas tão contraditórias quanto essas? "... Nos conhecemos bem o suficiente para saber o que magoa um ao outro, somos pessoas maduras o bastante para manter um relacionamento sério...", e depois de quinze minutos de explicação: "... mas eu não sinto nada além de amizade por você, Léo". Depois de muito pensar, eu, enfim, entendi que o tão disseminado bordão "a beleza interior é mais importante que a exterior" não é o que as mulheres, seres ditos mais sentimentais que os espécimes do gênero oposto, têm pra si mesmas. E, enfim, a minha terceira decepção amorosa, e social. Senpre tive para mim mesmo que os sentimentos são coisas tão concisas, que são passíveis de compreensão, contestação e explicação. Que eles deveriam ser apenas sentidos, sem interferência alguma da razão, exceto em casos extremos, em que a saúde, a vida, e outras coisas primárias corram risco. Com essa experiência, tive a mais absoluta certeza de que o ser humano cada vez mais se polui, se reprime, se esconde. As máscaras que a sociedade insiste em nos impor, seja pela moda, pelas telenovelas, pela etiqueta, pelo senso comum, pela globalização, e por diversos outros motivos, se enraizam mais e mais em nossos rostos, contaminando o nosso senso crítico, a nossa forma de pensar, de agir, de sentir. Talvez quando eu for correspondido algum dia eu mude de opinião... Veja Também: Sexo e Amizade

19 junho 2006

Nerd? Eu?

Indo da faculdade para o ponto de ônbus, eu e uma amiga minha estávamos conversando sobre coisas diversas, e aí eu fiz a pergunta: "Eu sou nerd?" Achei que ela não fosse responder, mas eu ouvi um "Eh, bem, deixa eu ver..." e depois de uns quinze segundos: "É, é sim". Paramos em um sinal de trânsito de um cruzamento, e o ônibus dela estava parado. Ela correu até o ponto de ônibus mais próximo, já se despedindo e eu fiquei com aquela idéia na cabeça. Olhando para o mar, sentindo a brisa no rosto, e faltando mais ou menos duas horas para o próximo compromisso familiar, resolvi andar um pouco, pensando no assunto. Nerd? Eu? Todos os amigos que eu conheço só ouvem rock, de preferência, heavy metal, ou rock que fala muito (ou só fala) de obsenidades (não os recrimino por isso). Acontece que eu sou romântico, e não me arrependo disso. Gosto de Ana Carolina e outros artistas da MPB (leiam "Musicalidade"), gosto de ouvir música clássica pra relaxar, não me importo se eu estiver em uma festa e depois de uma ou duas latinhas tiver que dançar pagode, samba, arrocha ou outro gênero parecido... E por incrível que pareça, eu sei dançar! Ou pelo menos foi o que disseram as que dançaram comigo. Aprendo fácil, garotas, não se preocupem com isso... Quanto aos estudos, dizem que eu sou um cara inteligente. Eu prefiro dizer que eu sou um cara esforçado. Meus pais são pobres, e minha mãe me educou, desde pequeno, a dar valor aos estudos, pois "sabedoria é a única coisa que ninguém pode tirar de você". Além do mais, sou negro e tenho que garimpar o meu lugar na sociedade. Tenho sonhos a conquistar, e dependo somente de mim mesmo para isso. Características que agregei à minha personalidade, e que me fazem parecer assim tão inteligente (como dizem), são apenas consequências disso. Realmente, eu sou preguiçoso, às vezes, gosto de ficar algum tempo fazendo nada, mas quando eu estou disposto, faço muita coisa (até demais). Fico finais de semana fazendo trabalhos, mesmo antes do professor passar a especificação dos mesmos, pesquiso sobre coisas relativas a eles (ou do meu interesse), reflito e amadureço conclusões e teorias (tais como aquela sobre as irmãs mais novas, ou sobre as mulheres mais velhas)... Daí, andando pela Orla Marítima de Salvador (a essas alturas, eu já devia estar no Rio Vermelho), lembrei-me de ter lido um artigo entitulado "Nerds Mandam Bem". E resgatando trechos a muito encravados (e a muito custo, diga-se de passagem) na minha tão ocupada e distraída cabeçinha, identifiquei-me com quase todas as características lá descritas, exceto a principal (leiam e descubram). De fato, pesquiso sobre as mais diversas coisas, inclusive as referentes a sexo. Algumas amigas minhas me chamam de "pervertido", e até já me recomendaram uma "Shanna in Pot" (qualquer semelhança com a Adriane Galisteu e aquela propaganda não é mera coincidência). Outras não conseguem falar abertamente sobre isso, e outras... Levo na esportiva, é claro, mas o fato é que além de nerd, sou tímido. Tímido pra todos os assuntos que envolvam relacionamento. Não costumo chegar "chegando", não acho que eu tenha "pegada", e não gosto (pra falar a verdade, detesto) beijo roubado. Tudo isso são sequelas de traumas de infância (posteriormente posso vir a escrever sobre isso). Tive poucas namoradas, não "fiz amor" com nenhuma delas, mas soube aproveitar cada momento para crescer como pessoa, e como amante. Gosto mais de dar prazer (eu disse prazer, tá?) do que ter prazer. Incrível como nós homens conseguimos dar prazer a uma mulher com apenas alguns toques, e sem abrir o zíper da calça... Já me disseram que eu abraço com a alma, que eu sou muito carente, que eu sou muito grudento, que meu beijo é uma delícia, e até que eu deveria parar de ler sobre sexo. Não costumo me influenciar, ou me orgulhar desses elogios, apenas me esforço pra melhorar. E quem ganha com isso? Tirem as suas próprias conclusões... Sou quieto, mas observo muito as pessoas, e tiro as minhas próprias conclusões a partir disso. Existem pessoas que se incomodam muito com esse meu jeito de ser, mas para estas, eu tenho apenas um "sinto muito". Ademais, para aquelas que ainda têm dúvidas ao meu respeito, que marquem uma pizza, uma cervejinha, um forró, ou algo do tipo. E aí... No final das contas, acabei andando de Ondina até a Boca do Rio, com muitas dúvidas e certezas na cabeça, além de uma tremenda dor nas pernas...
Veja Também: http://my.opera.com/docynho/blog/show.dml/185780 http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT545679-1719-3,00.html E estes aqui, somente se estiver num PC isolado do mundo exterior: Sexo oral nas minas... Mulhreres? Como nós, homens?

14 junho 2006

A Lei de Murhpy...

Ontem à noite, após o primeiro jogo da Seleção Brasileira de Futebol pela primeira fase da Copa do Mundo de 2006, eu tive uma revelação. "Se existe a menor possibilidade de uma coisa dar errado, ela vai dar errado". Uma semana atrás, eu estava pesquisando na net, e um vírus entrou no PC. Logo retirei o cabo do modem, pra não dar azar pros Trojans, e fui ver do que se tratava... O vírus teve a liberdade de se instalar em "c:/Arquivos de Programas/NetDotAlgumacoisa" (um caminho qualquer para uma pasta na partição C), corrompeu os pontos de restauração do Rwindows, alterou o registro do Rwindows para que toda vez que o sistema reiniciasse, ele o fizesse junto, além de também corromper a minha área de trabalho todo, tornar lenta a autenticação (login ou logon?) no sistema... Bem, meu Debian BR CDD ainda estava intacto. Tentei reiniciar com o cd do Rwindows, e nada... Resolvi então apagar, recriar e formatar a partição do Rwindows, pra que a MBR fosse embora junto. Nada... O grub ainda estava lá (como?)... Resolvi desinstalar o grub e tentar de novo... Esse foi o meu pior erro... Depois disso feito, nem boot por cd do Rwindows, Kurumin, Debian BR CDD pré 5 ou 6, Ubuntu Linux, Conectiva 10, disquete do pocket linux, nada dava jeito. E alguns trabalhos que mereciam urgência para serem feitos... Terminei com o nariz entupido, a cabeça doendo e as articulações também. Nessas horas eu me pergunto: por que é que eu não tenho uma pendrive de 1 GB? Por que é que eu não fui ser jigolô (é assim que escreve?) de uma mulher linda e rica (não precisa ser inteligente)? Ou por que (segundo Leilane) eu não tenho pais ricos, para que eu possa ser um mauricinho esnobe e fútil? Todos os meus problemas estariam resolvidos... Bem, brincadeiras a parte, isso me leva a acreditar mais piamente que nunca: previna-se contra tudo, desde chegar atrasado em um compromisso, até coisas esdrúxulas, como nevar em Salvador, ocorrer um terremoto de 7.0 graus (tem maior?) na escala Richter, com epicentro em Brasília (até que não seria tão ruim)... Depois de muita dor de cabeça, resolvi levá-lo paraa assistência técnica. Eu tenho a leve impressão de que os caras de lá são burros o bastante para não descobrirem o problema (os caras não sabem o que é um Debian - distribuição Linux -, Reiserfs - sistema de arquivos usado no Linux, assim como FAT32 e NTFS, pro Rwindows - e coisas do tipo... Partição - Subdivisão de um disco rígido em um computador. Boot - Processo de inicialização de um computador. Grub - Gerenciador de Boot. MBR - Master Boot Record (Registro de Boot Mestre) Trojan - Cavalo de Tróia (vírus) Sistema de arquivos - Organização dos arquivos no computador Veja também: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_murphy

13 junho 2006

Onde está a Bolsa Auxílio?

Não sei se isso acontece com a maioria, ou se eu sou um tanto displicente, mas é normal as bolsas auxíio atrasarem? Nós, estagiários, tidos como "novos escravos" dentro de uma empresa, esperamos pacientemente por aquele dia em que nos sentimos um pouco mais humanos (o dia do pagamento). E aí vamos nós, contentes, ao site do banco, ou ao auto-atendimento, sacar (ou pelo menos expiar) aquela irrisória quantia em dinheiro, quando nos damos conta de que "não houveram transações neste período". Alguns poucos estagiários não se preocupam muito com isso, seja porque recebem em dia, ou porque não recebem e pronto, ou porque não precisam tanto do dinheiro. Mas uma grande maioria (assim eu presumo, e me incluo nesta categoria) depende dessa "esmola" para ir para a faculdade/universidade, almoçar/jantar, tirar as suas fotocópias, ter alguns segundos de lazer, enfim, ter vida social. Creio que esta última classe fica extremamente contrariada quando seus vencimentos não lhes são pagos conforme tratado durante aquela conversa informal importante e constrangedora dos primeiros dias de estágio. Informal, sim, mas em se tratando de dinheiro... Pra se ter uma idéia de como isso afeta as nossa vidas, façam as contas. Com certeza irão perceber que gastamos muito mais quando o dinheiro não está nas nossas contas, por causa do maltido cheque especial. "Ah, quando eu receber a bolsa, eu quito as minhas dívidas". Oh pensamento malígno... E quando nos damos conta, gastamos muito mais que um mês de bolsa. Eis o perigo. Fica realmente difícil deixar de tirar as fotocópias, necessárias em todas as vésperas de prova, e os "biscoitos Bonno" pra relaxar os nervos antes da prova... Chegando aos extremos, eu vos digo: estagiários, uni-vos! Chega de exploração gratuita e descaso. Provem que a sua falta traz prejuízos ao ambiente de trabalho, aos projetos em que estão envolvidos e à própria empresa. Não se acomodem só porque conseguiram estágio, continuem procurando: tenham opções! Torço para que chegue uma época em nossas vidas na qual tudo isso seja superado. Afinal, quem já tentou comprar alguma coisa com o cartão universitário e nunca ouviu um "transação não aprovada"?

12 junho 2006

Irmãs mais novas

Eu andei desenvolvendo uma teoria a base de experimentação, digo, observação, que quase sempre funciona: as irmãs mais novas são sempre melhores (entenda por melhor o sentido "masculino" das coisas). Quem é homem sabe do que eu estou falando. E talvez as irmãs mais velhas também. Por que será que as irmãs mais velhas se sentem incomodadas com o assédio sobre as suas caçulas? De fato, isso é algo que poderia dar um artigo da wikipédia, assim como a palavra inglesa de quatro letras. Conheço algumas que ficam "P" da vida só de passarem por situações que não são assim tão constrangedoras. Concordo, em parte, quando elas dizem que a maturidade da relação tem que ser preservada, afinal de contas, o casal deve (se quiser, é claro) ser capaz de manter um diálogo aproveitável de vez em quando. Mas concordo, também em parte, com os homens, quando eles dizem que não adianta um "papo cabeça" se não há "ação" na relação. Mas eu acabei descobrindo recentemente o porquê da minha teoria não funcionar para todos os casos. Existem irmãs mais velhas que parecem mais novas. Elas não são assim um caso tão raro. E, de fato, elas são "melhores" que as suas irmãs (geralmente, neste caso, mais "robustas", fumantes, beberronas, ou outros fatores que distorçem a imagem feminina). Então, tive que reformular a minha teoria: Das irmãs, aquela que parecer ser a mais nova é sempre a melhor. Isso até que eu encontre mais uma exceção e me convença de vez que "melhor" é aquela que mais me agrada e pronto...

Mulheres mais velhas...

Minha mãe sempre disse que eu tenho "sangue doçe" pra mulheres mais velhas. Isso porque algumas amigas dela sempre diziam (a ela) que eu era bonitinho, e "se eu não fosse mais novo" ou "se eu não fosse casada"... Não que eu seja essa formozura de espécime masculina, mas fiquei intrigado. Algumas dizem que é porque eu sou sério demais pra minha idade, outras dizem que eu tenho um "olhar pidão". Ah se esse olhar funcionasse do jeito que eu quero... Bem, daí eu resolvi investir. E me diverti muito com as trapalhadas e situações cômicas que saíram disso... Uma vez eu tentei me envolver com uma mulher que tinha uns 3 filhos (ela não era tão velha assim, deveria ter seus 35 anos). Ela tinha aquele corpo de sexóloga formada na PUC-Rio, mas não era tão inteligente (no que se refere a escolaridade) assim. Teve um dia (mais ou menos São João do ano passado) que foi deveras engraçado. Eu enchi tanto o saco que eu fiz ela ficar sem graça, e me prometer que no dia seguinte iria me dar um beijo na boca. Pois bem, cobrei. E ela quase não cumpria a promessa... Porta da frente da casa dela aberta, vizinhos fofoqueiros lá em baixo, filhos brincando na porta de casa, e eu lá em cima, com ela, na sala. Tá bom que foi um selinho bem michuruca, mas foi divertido ver a cara dela depois disso... Dizia ela que não queria se envolver comigo porque era muito amiga da minha mãe, e ela não queria perder essa amizade, sem falar no falatório que seria naquela rua... Mas no final das contas ela acabou contando pra vizinha (também amiga de minha mãe e minha amiga: 2 filhos, morando na casa de um homem com 1 filho - quase da minha idade - de outro casamento). Quando eu fui comentar o ocorrido com essa minha outra amiga, percebi (e ri bastante) que isso já não era novidade (pelo menos para ela). O fato é que eu não tenho medo de mulheres mais velhas. O que eu tenho medo é de magoá-las, pois, inevitavelmente, nós, rapazes novos, ficamos "perturbados" com os "encantos" das mulheres mais novas. Como resistir? Ainda quero ter a oportunidade de me envonver (sem compromisso) com uma mulher dita mais "experiente" pra poder "aprender tudo o que eu ainda não sei" (e podem ter certeza de que, se comparado com elas, é muita coisa).

11 junho 2006

Crenças

Bem, ao longo da minha experiência de vida, assumi para mim que uma religião não é algo necessário, pelo menos para mim. Assumi também, quatro filosofias de vida, que me orientam, com algum sucesso, como ser, pensar e agir. Bem, como estamos aqui para falar de mim, aí vão elas:

Duas delas são conhecidas de todos os católicos, afinal de contas, são o resumo feito pelo próprio Jesus Cristo dos 10 mandamentos:

  • "Amar a Deus sobre todas as coisas"
  • "Amar ao próximo como a si mesmo"
As outras duas são pensamentos, a primeira de um filósofo da Idade Média, cujo nome não me recordo, e a outra é minha, elaborada durante uma conversa com um amigo, Geison Morais, durante um reveillon na Ilha de Itaparica :
  • "Nós, seres humanos, necessitamos de um objetivo na vida; ao contrário do que todos pensam, o mais valioso de todo o processo não é a conquista desse objetivo, mas sim o caminho que se percorre até que esse objetivo seja conquistado"
  • "Nada fica sem resposta"
Quando eu digo que sou prestativo, compreensivo, entre outras coisas, me baseio nas duas primeiras. Quando eu digo que sou frio quando necessário, me baseio nas duas últimas. Tenho pensado seriamente no que se refere ao que as pessoas acham de "aceitar Deus no coração". Vim num ônibus, de volta de um longo dia na UFBA, quando o cobrador do ônibus, evangélico por sinal, disse entre outras palavras:
  • "É fácil levantar a mão durante um culto religioso para dizer que aceitou Jesus Cristo no coração. O difícil é seguir a doutrina dele. Errar é humano, permanecer no erro é um pecado gravíssimo. É errado justificar o erro com a imperfeição humana. Deus quer que nós, mesmo que a duras penas, tentemos permanecer no caminho que Ele disse ser o certo. Fazer de tudo para não recair no erro é o lema"
Palavras estas que assumi para mim como a quinta filosofia de vida, e venho tentando me adaptar a ela. Sei que é difícil, aliás, nada na vida é fácil...

Musicalidade

Eu não sabia que podia cantar até os meus 13 - 14 anos de idade. Ao cantar no chuveiro, meus familiares reconheceram que algo mais se escondia por detrás deste inocente hábito. Acabei por aceitar o incentivo, e com esta mesma idade, procurei fazer parte de grupos de pagode, sem sucesso. Eu realmente não era extrovertido o suficiente...

Tentei, então, aprender algum instrumento musical, pra que eu tivesse condições de seguir sozinho. Escolhi o violão, pela riqueza de opções de ritmos e estilos que o mesmo proporciona. Ganhei o meu primeiro (e único) em 2000, quando eu entrei no CEFET-BA (Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia).

Como de praxe, comecei com coisas fáceis de se tocar, como as músicas da Legião Urbana. Gostava das letras, passavam uma mensagem interessante, em todas as 4 fases da banda... Mas cheguei a um ponto em que a facilidade das músicas me limitava, eu precisava aprender mais.

Daí parti para o que eu chamo de "evolução musical". Comecei a criar gosto pela MPB, que daí em diante nunca mais abandonei. Gosto muito do Djavan, do Jorge Vercilo, da Ana Carolina, da Mariza Monte, Ed Motta, Roupa Nova, dentre outros grandes nomes da MPB. Também gosto de música internacional (droga, fui afetado pelo imperialismo norte americano!), algo como Lara Fabian (eu sei que ela não é americana), Celine Dion, Mariah Carey, Tonny Braxton, Eagles, e muitos outros.

Tenho quase 5 anos de violão. Apesar de que o tempo é relativo (grande Albert Einstein), aprender tudo o que aprendi sozinho, sem a ajuda de professores já é muita coisa. Mas eu sempre digo que não sei tocar, pois a cada dia que passa, há alguma coisa a se aprender... (grande Sócrates)

Amores

Não costumo ser ciumento. Acho que a base de uma relação amorosa é a confiança. Se um não puder confiar na honestidade do outro, não há como firmar uma base sólida, nem como pensar em um futuro... Algumas pessoas me dizem que eu levo isso muito a sério, que eu devo deixar o barco correr. Em parte elas estão certas, pois eu costumo ir fundo em tudo que faço. Se não me dedico, prefiro não fazer, não me comprometer. Daí não me sinto à vontade, e acabo por desistir...

Alguns amigos meus me chamam de trouxa, e o motivo eu conto a seguir. Não dou a mínima se a mulher está de saia curta (aqui nós chamamos isso de micro-saia), se está com um decote extremamente generoso, se está nua no meio da avenida... Eu cuido da minha integridade física. Se eu me preocupar com quem passou ou deixou de passar a mão nela, eu vou acabar brigando. Como eu não tenho um porte físico confiável, eu com certeza vou levar a pior. Agora imagina só o final de novela mexicana: Eu morto com um tiro no peito, a mulher com lágrimas de crocodilo no meu enterro (usando um vestido preto extremamente sexy), e dois dias depois ela sai com outro... Ninguém merece...

Sou romântico sim. Sentimental, talvez. Sou capaz até de chorar... Sou muito sozinho, não converso com ninguém sobre os meus problemas, inclusive os amorosos. Às vezes a gente passa por cada uma, e como ninguém é perfeito, algum dia a gente tem que extravasar essa mágoa toda de algum modo (modo este que não prejudique ninguém)...

Sou tímido, por isso sinto dificuldade em chegar nas mulheres. Quando eu era mais jovem, eu ainda não tinha essa dificuldade toda, mas as garotas em que eu chegava costumavam me humilhar, pisar em meus sentimentos. Não tem quem não tenha medo de ser pisoteado depois de várias e várias dessas, não é mesmo? Tento trabalhar isso, mas sozinho (como sempre) é muito difícil...

Costumo ser muito carinhoso com as minhas (poucas) namoradas. Volto a dizer, como eu sou muito sozinho, sou carente demais, e como são poucas as vezes em que encontro alguém que me queira e me respeite, tento matar essa carência da melhor maneira possível... Se eu chegar a ser grudento demais, vocês podem me dar um toque...

Posso ser muito amigo, compreensivo, como costumo ser com qualquer pessoa que me peça ajuda...

Gostos

Não sei se posso dizer que são realnmente estranhos os meus gostos, mas tem gente que os acha estranhos sim...
  • Quando eu fico meio pra baixo, olhar o por do som numa praia me relaxa bastante. O barulho das ondas do mar, junto com as cores quentes de um por do sol (vermelho, laranja, lilás) é uma combinação que eu acho perfeita!
  • Gosto muito de dormir. Vai ver é porque eu tenho uma imaginação muito fértil (risos). Brincadeiras à parte, é nos sonhos que nós extravasamos as nossas fantasias (no bom sentido, é claro - talvez no mau também), não somos censurados por pensar nas mais diversas coisas, por mais estranhas que sejam (como Seu Creisom - nosso querido Seu Creisom... - sem bigode...)
  • Gosto de ouvir música. Adoro MPB, gosto muito principalmente da harmonia vocal de Ed Motta e do Roupa Nova. Música também relaxa um bocado, nos faz lembrar de bons momentos (e de maus também, mas isso é um caso à parte). Gosto de Celine Dion, Mariah Carey, Tonny Braxton, Brian McKnight, Lara Fabian, Mariza Monte, Jorge Vercilo, um pouco de Caetano, Djavan, Eagles, e se eu for continuar falando aqui... Tocar violão é o que faço, quando não tenho as músicas de que gosto ao meu alcance, e antes que digam, eu toco e canto rasoavelmente bem (ou seja, não chamo a chuva).
  • Ler não é muito o meu forte. Gosto sim, de ler aquilo que me interessa, como reportagens científicas e avanços tecnológicos na área da informática (afinal de contas, pretendo ser Bacharel em Ciência da Computação daqui a 1 ano e meio).
  • Gosto de filmes de ficção científica, e de grandes sequências, como Harry Potter, Senhor dos Anéis e Matrix (oh saudades...). Isso balança o nosso senso de realidade. Gosto também de filmes românticos, mas não melosos demais (os melosos a gente só paga pra ver quando isso é tudo o que a gente não quer fazer, se é que me entendem...); entram na lista as comédias também.
  • Antes que sintam a falta disso na lista, gosto muito de mulher!!!. E o pior disso tudo, é que às vezes eu fico desenhando nas carteiras da UFBA, ou no meu caderno, os perfis de mulheres ideais que me passam pela cabeça (quem os viu sabe que eu tenho bom gosto...).

Personalidade

Dizem que eu tenho uma personalidade forte... Bem, isso em parte é mesmo verdade, visto que, às vezes, tomo atitudes que nem eu mesmo compreendo... Mas, deixando isso um pouco de lado, vamos ao que realmente interessa...

Sou, quando necessário, extremamente frio e determinado. Isso é uma das minhas melhores (pelo menos eu acho) qualidades... Não tenho medo de desafios, é essa frieza que me fundamenta, que me dá coragem e forças para nunca desistir.

Sou extremamente carinhoso com as minhas namoradas, mas, como disse anteriormente, às vezes tomo atitudes que nem eu mesmo compreendo... Não sou ciumento (você pode estar estranhando um homem dizer isso, mas explicarei mais à frente). Acho que, se um homem e uma mulher estabelecem uma relação, ainda que passageira e instável, manter o respeito e a sinceridade é a base de tudo... Se a intenção é apenas se divertir, aproveitar o momento e o calor dos corpos, o melhor que se tem a fazer é esclarecer as coisas, para evitar frustrações futuras. Isso é uma das coisas que eu levo ao pé da letra, mas ultimamente as pessoas (elas) não me levam a sério... Sou maduro o suficiente pra saber que minha parceira quer apenas se divertir, e por que não fazer as coisas à maneira dela? Tomando todas as precauções, é claro... Afinal, o meu coração não é de pedra...

Também sou prestativo, e esse é um dos motivos que me levam a discutir quase que freqüentemente com a minha mãe. Realmente, as pessoas se aproveitam da boa vontade alheia para se auto-beneficiar, pondo em risco a felicidade e a auto-estima dos outros, a despeito de todos... Passei por sérias crises existenciais a respeito, questionando-me freqüentemente: quem são os meus amigos verdadeiros? Chequei à conclusão (naquela época) de que eu podia contar nos dedos, e não precisava de duas mãos; é de se espantar, já que meu universo de pessoas era realmente vasto... Agora, depois de muito tempo (1 ano... isso é muito tempo?) vejo que isso já é algo superado. Penso que se eu consigo levar a minha vida adiante, mesmo que aos trancos e barrancos, sem ferir e nem magoar terceiros, pelo menos a minha parte eu estou fazendo... E enquanto aos outros, àqueles falsos profetas, ah! que se danem...

As pessoas não acreditam quando eu digo que sou tímido, até me verem falar em público... Gaguejo muito nessas ocasiões, pois detesto ser o centro das atenções. Gosto de ser discreto, assim, pode-se observar as coisas de fora, de cima, com um olhar mais imparcial. Também tenho dificuldades em expressar os meus sentimentos, mas isso é um tópico a mais, mais abaixo... Fico meio sem jeito em algumas ocasiões, e até mesmo naquelas que requerem descontração, sinto-me estranho quando não estou com as pessoas com as quais convivo habitualmente.

Sou fechado, muito fechado, e isso eu reconheço que é um problema... Não consigo expressar os meus sentimentos por meio de palavras, num diálogo informal, a dois (esse é um dos motivos de estar escrevendo estes textos). A cada decepção que ocorreu em minha vida, fui me fechando, involuntariamente, reservando os meus sentimentos a um grupo restrito de atualmente 1 pessoa (eu). Vejo isso como uma defesa natural de uma pessoa tímida e com poucos amigos, pois sempre tentei superar os meus problemas sozinho... Mas aí vocês se perguntam: como é que você namora, se não consegue expressar os seus sentimentos?

Bem, vamos voltar a esse assunto. "Um gesto vale mais que mil palavras", e isso é uma das coisas que eu levo ao pé da letra. Sou atencioso, compreensivo, companheiro... Essas são formas que eu encontro para dizer "gosto muito de você, apesar de às vezes não conseguir dizer isso com clareza". Dizer "eu te amo" é demais para mim, pois, como tenho visto ultimamente por aí, esta frase, e principalmente o verbo amar, tem sido banalizadas pela nossa sociedade, que adora assistir a uma novela da Globo... Se é pra dizer que se ama, por que não expressar isso de uma maneira mais forte, presente e marcante ao invés de invocar simples palavras?

Bem, acho que dá pra parar por aqui... Sintam-se à vontade para ler os outros textos, escreverem para mim, ou sei lá...

01 junho 2006

[O Menino Amarelo] O anel de borracha.

Era uma vez, um menino amarelo. E até aquele dia, ele nunca havia pego uma mulher. O destino lhe havia sorrido, presenteando-lhe com uma mulher e tanto... E lá ia ele, pseudo-seguro de si. Oh, pobre menino amarelo...


Pensando em quase tudo, ele a havia levado para um lugar estratégico, e quando ela lhe disse sim, estariam num quarto de hotel em cerca de 5 minutos. E lá, ele apresentaria os seus truques de mágica. Colocou-lhe o preservativo da maneira mais cuidadosa que sabia (havia praticado por semanas a fio). E quando o ato começou, em menos de 2 minutos, ele perguntaria: "Cadê a camisinha?" E procura de lá, e procura de cá, não a acha à primeira vista. Até que ele pensa e solta um "xiiiiiiiiiiiii..." Ainda bem que ele não havia dado uma de leiteiro...





Ele Aprendeu Mesmo?

Tá, tudo bem, tava muito meio mole, a ansiedade era um dos seus piores defeitos. A dita cuja havia saído e estava lá dentro. Empregando a destreza de lambedor de latas de leite moça, lá vai ele com os dedinhos mágicos da Eliana, retirar a procurada da perseguida. Como ele ainda tinha algumas outras (uma só) de reserva, não se daria por vencido. E, novamente, o menino amarelo lhe coloca o preservativo. E faz a vontade da moça, na posição em que ela mais gostava. Raquítico, o menino amarelo sua em bicas, empregando o melhor (???) da sua forma física, até que, novamente, ele perguntaria: "Cadê o resto da camisinha?"

Ah, o tão temido anel de borracha... Acontecera logo na primeira vez do menino amarelo... Incrível como até os mais magrinhos, quando empolgados, viram o Hulk em certas horas... Mas, novamente, ainda bem que ele não havia dado uma de leiteiro...