27 agosto 2006

Ausência de mim mesmo...

Estou sem sono, e sem vontade de assim estar. Tenho uma cama, e ela sempre está fria e vazia... Estou sozinho, e sem vontade de assim estar. Tenho um amor, mas ele sempre está vazio de si mesmo... Sinto a ausência de mim mesmo, e me vejo longe, dentro do metrô. Penso no que eu seria, se me fosse dado o direito de amar. Penso no que eu seria, se cumprisse o dever de me amar. Meu corpo pede carícias há muito esquecidas, Meu coração pede um pouco de si mesmo... Minhas idéias se embaralham diante do por do sol. A luz tênua põe brilho nos meus olhos mortos... Minhas mãos frias tocam o vidro embaçado e sujo, A procura de um rosto amável lá fora. E uma lágrima solitária me escorre a face, Levando consigo qualquer resquiício de emoção. É tudo muito sombrio, Minhas dúvidas me consomem... As pessoas não me parecem ser o que realmente são. E quando eu abro os olhos, Nada do que eu vejo é diferente... Estou sem sono, e sem vontade de assim estar...

24 agosto 2006

Pra Rua Me Levar

Mais uma da série Cantando com Soriano. Lembrei-me dessa aqui quando eu estava hoje, no ponto de ônibus. Queria tanto ter o coração independente... "Não vou viver como alguém que só espera um novo amor"... Queria tanto ser assim... A verdade é que eu sou um romântico inveterado, e há quem diga que eu sou um poço de açúcar numa casa cheia de diabéticos. Fazer o quê... Todas as mudanças que nós queremos realizar em nós mesmos levam tempo. É preciso mesmo força de vontade para deixar de se amar do jeito que se costuma amar, ou quem se costuma amar. Às vezes trocamos um amor pelo outro, às vezes ficamos numa longa espera, até que alguém aparece, e com um simples "Oi!" levanta os nossos olhos e nos faz ver que a vida continua. Eu estou andando só, hoje, contando passos com a solidão. Mas abro mão sim desses momentos, pois essa solidão já é da casa...

Teatro dos vampiros

Grande e velha amiga de todas as horas... Sempre escuto essa música, ou canto, ou choro tocando ela no violão quando das minhas crises existenciais. Principalmente por causa de alguns trechos: "Quando me vi tendo de viver comigo mesmo e apenas com o mundo, você me veio como um sonho bom... Eu me assustei, não sou perfeiro. Eu não esqueço a riqueza que nós temos, ninguém consegue perceber. E de pensar nisso tudo, eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir..." "Sempre precisei de um pouco de atenção. Acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto." Apesar do vocalista da tão aclamada (ainda?) Legião Urbana ter dito que essa música era para falar da TV (é, isso mesmo, televisão), vi que não é nada disso que me comove nela. Essa música fala de mim, de como eu me vejo, e de como eu me vejo entre as pessoas que me cercam, todos os dias, a toda hora. Quando eu digo que gosto de todo tipo de música, não é sempre por causa da melodia, mas sim pelo estado de espírito que elas me provocam, ou que representam. Quem sabe um dia desses eu volte a escrever, ao invés de postar vídeos no blog... Mas é que cheguei a um estado de espírito de que não mais vale a pena me expressar por palavras. Não tenho mais cabeça pra isso... Preciso voltar ao interior de mim mesmo...

23 agosto 2006

Manual do Bom Mentiroso

Cá estava eu pensando comigo mesmo: como é que existem pessoas que mentem tão bem? Refiro-me às pessoas que comumente chamamos de cínicas (as sonsas apenas se fazem de desentendidas), de "caras lavadas", e diversas outras expressões menos apropriadas. Mas como elas fazem para serem sempre creditadas? É possível ficar anos sustentando uma mentira? É possível sustentar uma mentira entre um grande número de pessoas? Decidi eu, no meu longo tempo de observação e experimentação, compilar um pequeno manual para que você, mentiroso aprendiz, possa aperfeiçoar a sua arte de maneira mais consistente.
  1. Acredite sempre na mentira que você está contando. Convença-se de que ela é verdade, e o empenho em sustentá-la virá naturalmente. Isso implica em contá-la com veemência, com firmeza na voz e sem meio termo.
  2. Nunca "encha linguiça". Não pare muito tempo pra pensar no que falar, porque as pessoas desconfiam. Tenha raciocínio rápido! Se um fato aconteceu recentemente, se ele é importante em sua vida, não há porque ficar tentando "lembrar" do ocorrido, certo?
  3. Nunca dê sinais de que está mentindo, como, por exemplo, não olhar nos olhos ao contar a mentira, fazer caretas ou esboçar qualquer espécie de tique nervoso. Isso pode dar sinais de desconfiança por parte do enganado, e plantar nele um instinto investigativo e dedutor, extremamente perigoso...
  4. Relaxe. Nunca, em hipótese alguma, pareça tenso, nervoso ou irritado. Mais uma vez, isso pode semear o instinto investigativo no enganado... Ele, aproveitando-se do seu nervosismo, pode fazer-lhe pressão psicológica até que você mesmo acabe se entregando...
  5. Nunca invente histórias mirabolantes, apenas distorça os fatos. Fica mais fácil lembrar da mentira depois, porque ela fica parecida com uma fofoca. Isso evita que caia em eventuais contradições. Mas lembre-se: nunca aumente o grau de distorção entre as vezes em que você conta a mesma mentira. Isso também pode ser perigoso...
  6. Evite ficar contando a mentira a toda hora. Mentiras servem pra dar desculpas, e não como troféu de exibição. Quanto mais tempo a mentira fica na cabeça das pessoas, maior é a possibilidade delas desconfiarem. Parágrafo único: Cuidado... Contar a mentira toda hora é uma coisa. Contar sempre é outra. Contar sempre implica fazer com que todos (inclusive você) considere como verdade!
Aproveitem bem este pequeno manual, e lembrem-se: eu não minto!

22 agosto 2006

Mal entendidos

O conselho que eu, do alto dos meus 21 anos de idade, tenho pra dar a vocês é: usem filtro solar. Esse é o melhor conselho que já inventaram... Mas falando sério, vocês sabem que eu não gosto de dar conselhos. Esse texto que eu agora vos escrevo vem a tratar de algo extremamente desagradável: procurem não usar frases fora de ou não amarradas a um contexto. Sempre amarrem muito bem as suas frases, para não dar margem a más interpretações. Estava eu há três dias atrás conversando sobre sexo com uma amiga via mensageiro instantâneo, e quais cuidados se deve ter ao falar disso via este meio de comunicação. Naquela noite, ela havia me mandado um log de uma conversa dela com um outro homem via mensageiro instantâneo, e este homem possuia uma webcam. Bem, acho que eu não preciso entrar em maiores detalhes, mas o que importa enfatizar aqui é que ela é um pouquinho distraída, e as consequências daquela conversa me pareceram (ao final das contas) acidentais. Pois bem. Iniciamos uma conversa a cerca do ocorrido, discutindo questões de sexualidade, de como conversas sobre sexo deveriam ser interpretadas dentro da Internet, com pessoas estranhas, de como as pessoas deveriam se portar (segundo o seu grau de envolvimento e desejo), etc. Expliquei tudo o que eu achava, com o cuidado de não personificar as coisas, de não tomar parâmetros pessoas, e sim anlisar as coisas do modo mais racional possível. Fizemos alguns testes práticos, para tentarmos reconhecer o limiar entre a brincadeira sadia (pura molecagem, ou a dita putaria de bom gosto) e o que se costuma chamar de sexo virtual. Foi extremamente difícil emular esse tipo de situação, já que ela tinha (ou melhor, tem) namorado e eu deveria me comportar como alguém que desejasse excitá-la. Pude perceber que ela é extremamente distraída, que se deixou levar além da conta muitas vezes, embora as condições não eram as ideais (ela me conhece pessoalmente - não sou um amigo virtual -, confidencia-me diversas coisas, possui um grau elevado de confiança em mim, etc). No dia seguinte, as coisas se complicariam... Eu quis entender que grau de satisfação as pessoas tinham em usar fake profiles e resolvi criar um para experimentar. Entrei na comunidade Refugiados EPER no Orkut sob um pseudônimo que não vem ao caso citar, e comecei a conversar com as pessoas que lá estavam, homens e mulheres. Comportei-me como normalmente me comporto, exceto pelo fato de confessar algumas poucas coisas sobre mim (e antes que pensem besteira: sou heterossexual!). Logo percebi que algumas mulheres se interessaram pelo meu perfil, e queriam uma conversa um pouco mais privada, via o tal mensageiro instantâneo. Algumas horas depois, essa minha amiga se conecta à rede, e eu lhe digo: "usando o meu fake profile como arma de sedução". Note que esta foi a frase fora de contexto. Alguns minutos depois, eu lhe digo "passe lá que Fulana e Beltrana estão me dando o maior ibope", e ela responde "eu sabia que você, do jeitio que é, iria ficar famoso lá". Domingo passado, por volta das 22h, eu já estava novamente conversando com essas mulheres, quando a minha amiga se conecta de novo. Disse eu que não poderia demorar, pois já era tarde e eu acordaria cedo (às 5:15, diariamente) para ir à faculdade, e ela me manda esperar. Disse que tinha algumas coisas a me dizer. Simplesmente me disse coisas que me feriram fundo, e eu não entendia o porquê. Era como se eu estivesse realmente a fim de fazê-la infeliz, de estragar a sua vida amorosa. Era como se eu estivesse abusando da sua confiança, usando dados ditos confidenciais contra ela. Eu teria violado algum dos seus códigos de boa conduta numa amizade num nível como a nossa. Mas eu não sabia do que se tratava. Fiquei muito assustado... As coisas começaram a se tornar mais nítidas quando ela disse que eu havia dito alguma coisa no sábado, durante aquela conversa virtual. "Será que eu disse alguma coisa que não devia?", pensei de imediato. Ela me perguntou se eu não lembrava do que eu havia dito, e eu, como era verdade, disse que não. Alguns segundos depois (pra falar a verdade, quase meio minuto), ela escreve uma frase, tirada de seus arquivos de log, na tela: "(ip) (...) .:. Um poço de carência (i) diz: usando meu fake profile como arma de sedução". A ficha caiu, então. Ela havia pensado que eu estava querendo seduzí-la, que aquelas simulações de conversas sobre sexo não eram puras simulações, que havia enésimas intenções da minha parte. Passei os próximos 30 minutos tentando convencê-la de que tudo não passava de um mal entendido, mencionei a quais mulheres me referia, e ela não me pareceu convencida atéa hora em que eu me desconectei. Na verdade, conversamos sobre isso ontem (segunda-feira), e ela ainda não me parece convencida. Depois daquela discussão, eu simplesmente apaguei todos os e-mails dela (usados comumente e os usados para o fake profile dela), pois não queria correr o risco de ser mal interpretado pela terceira vez (sim, isso já aconteceu antes). Bloqueá-la seria demais (assim ela não poderia falar comigo se quisesse). Pouco falei com ela ontem, eu não estava me sentindo bem com aquilo tudo. Ainda não estou... Acho que ela vai acabar lendo isso. Como sempre, já que ela é a única que lê o que eu escrevo... Preciso tomar mais cuidado com o que eu digo, com o que escrevo, com o que faço... Por mais boas intenções que eu tenha, volta e meia eu sou mal interpretado. Agora, mais do que nunca, eu sei que palavras possuem sim efeitos colaterais... Veja Também: O que é um log? O que é sexo virtual? Fake ou não fake Carinho do jeito errado faz mal Palavras e seus efeitos colaterais

18 agosto 2006

Entregue-se, por favor...

Todos concordam que é impossível acreditar no que as pessoas nos dizem se não as conhecemos de todo. A vizinhança toda comenta muito mal, e ficamos com dúvida no quanto de sinceridade existe nos olhos daquela(le) que está conosco. Surgem dúvidas, desconfianças, muitas vezes infundadas, o que acaba desestruturando uma relação. Acaba que muitas das vezes nós não aguentamos essa pressão e desistimos de por tudo em pratos limpos, ou ao contrário, pomos tudo em pratos limpos e acabamos por ofender mortalmente uma pessoa inocente. Vivo essa situação hoje. Não que eu seja uma pessoa facilmente influenciável. O fato é que essas conversas estranhas pairam ao meu redor há quase (ou mais de) um ano, sem eu saber. Esses boatos caíram como uma bomba em cima da minha cabeça. Eu sabia, por alto, de alguns deles, mas pensava serem apenas conversas de mulheres fofoqueiras, que ficam o dia todo em casa sem ter o que fazer, e tiram uma horinha pra falar mal dos outros. E agora que eu me envolvi com essa pessoa, tenho dúvidas sobre como me portar, o que dizer... Sei que ela anda passando por problemas de cunho pessoal, pois ela me pediu pra que eu tivesse um pouco de paciência. Isso condiz com algumas das coisas que falam sobre ela. "Paciência é uma virtude, virtude essa que eu não tenho e pagaria por ela, se pudesse", é o que eu sempre digo. Tive que aprender... Fiz papel de psicólogo da última vez que a vi. Doutor Soriano... Sempre dei atenção a todas as mulheres que vieram a mim contar seus problemas, minhas amigas gostam de mim por isso. Sou sensível sim, qual o problema? É difícil encontrar homens (heterossexuais) assim hoje em dia. Chorou, perdeu-se olhando para o nada, cochilou. E eu ali, com a cabeça dela no meu colo, passando a mão suavemente sobre a sua cabeça, rosto, querendo que ela se acalmasse, relaxasse, já que não poderia ser capaz de fazer mais nada naquela situação. E volta e meia eu me perguntava: será tudo isso fingimento? Via seu rosto triste, as lágrimas rolando pelo seu rosto, a respiração ofegante, e olhos perdidos no nada. Tive vontade de dizer: "Calma, eu tô aqui...". Disse, de coração aberto. Mas depois me bateu uma sensação estranha, não saberia expicar mesmo se conhecesse todas as palavras da nossa língua. Saímos de lá, e ela me confessou estar se sentindo mais leve depois da seção de psicanálise. Eu estava feliz por ela, afinal, isso é o que eu sei fazer de melhor. Mas saí de lá um caco. Gosto de carinho, e não havia ganho nenhum. Malmente um beijo de língua... No dia seguinte, ela me confessou ter dormido melhor, como não o fazia havia muito tempo. Acordou de bom humor, mesmo tendo ouvido toda a espécie de desaforos quando chegou em casa e quando acordou. Agradeceu-me por isso. E eu ali, com uma nuvem nebulosa de dúvidas acima da minha cabeça... Já passei algumas semanas tentando tirar essas idéias obscuras sobre o passado e o presente da vida dela da minha cabeça, e consegui faz pouco tempo. Acontece que isso é que nem separação, de vez em quando a gente sofre algumas recaídas. Ora aproveito apenas a companhia dela, ora eu fico pensando no que eu estou me metendo. Sou jovem, sei, mas muita gente diz que eu sou mais centrado que muito homem de 30 anos que se tem por aí. Eu não sei de nada disso, só sei que eu sou eu, e nada mais. Não quero ficar só, mas não quero ficar com metade de uma mulher. Juro que eu vou tentar desencanar de vez, mas não sei até quando (ou se) eu vou aguentar isso. Vou precisar de ajuda. Só espero não sair machucado disso tudo...

16 agosto 2006

Fake ou Não Fake

Estava eu conversando com uma amiga minha que usa fake profile (do inglês, perfil falso) pra se "libertar". Acho que ela é tão ou mais pirada do que eu, mas como nenhum maluco admite que é maluco... Pois bem. O fato é que ela se meteu em apuros (sinceramente acho que nem tanto) durante uma conversa via mensageiro instantâneo com algum desconhecido, cujo conteúdo não devo mencionar (quero evitar constrangimentos para ambas as partes). Ela ficou realmente assustada... Como disse anteriormente (em alguma postagem cujo título não me lembro), é importante fazer bom uso das máscaras. Sim, todos nós usamos máscaras, sociais, amorosas, familiares, profissionais, quaisquer que sejam elas. Como em tudo na vida, existem lados positivo e negativo nisso. Expondo o lado negativo, existem pessoas que fingem serem de boa índole, prestativas, compreensivas, extrovertidas e bem humoradas, quando na verdade, pelas costas dos mais chegados, destilam o pior dos venenos. Normalmente são pessoas invejosas, que querem evoluir sem qualquer esforço, ou simplesmente não querem a felicidade dos outros. Não é difícil encontrar tais pessoas à nossa volta, e o que tenho a dizer para quem as tem próximas é: cuidado. Não vou ficar me extendendo nessa vertente, pois essa não é a minha intenção. E agora expondo o lado positivo, também existem pessoas que usam "terapeuticamente" as máscaras. Alguns as usam apenas para evitar constrangimentos, reprimindo suas idéias nada convencionais para tentar se adequar àquela classe de pessoas que os psicólogos costumam chamar de "normais". Essas pessoas são muito tímidas, e têm medo do que os amigos diriam ouvindo suas idéias mais reclusas. Daí, quando as tiram (ou melhor, quando as trocam), podem expor toda a criatividade, fantasias, ou até mesmo medos e dúvidas que antes não podiam ser tratadas por pura vergonha. Parecem adquirir uma segunda personalidade, totalmente diferente da primeira, normalmente usada e conhecida por todas. Mas até onde é seguro se expor, ainda que sob uma pseudo-identidade? Depende do quanto você dá importância às coisas que faz sob ela. Se vocês, garotas, têm medo do que alguém, de posse de tais informações, possa fazer, não dê brechas para que descubram a sua identidade verdadeira. Nada de fazer sexo virtual enviando fotos suas com o rosto à mostra, ou com a webcam focando qualquer coisa do pescoço para cima. Muito menos sair nomeando pessoas conhecidas, porque outras podem associar as teias de relacionamento e acabar descobrindo quem vocês são. No mais, falem sim abertamente sobre sexo, façam perguntas aos membros do sexo oposto, revelem suas tendências bissexuais (garotas bi, eu estou aqui, valeu?) ou homossexuais (eu quero ver, me convidem...), afinal de contas, não é sempre que se encontra uma oportunidade para se falar sobre sexo, nem pessoas sigilosas e discretas o suficiente para tal. Ao contrário do que isso possa parecer, extravazar é saudável. Sair do comum é uma maneira de aliviar as suas tensões. O importante é encontrar uma maneira segura de fazê-lo, sem prejudicar ninguém. O uso de fake profiles é um modo. Vivemos hoje numa sociedade moldada por conceitos ainda vestidos de ciroulas, que tomam chá das cinco diariamente e assistem novela da Globo (quando não as importadas do México), e ficar assistindo Faustão, Gugu e Leão todo domingo é, de fato, um saco. O ideal é conduzir a sua outra personalidade com o máximo de humor, não deixar que as coisas que ocorrem sobre ela afetem negativamente o seu dia a dia. Afinal, é pra relaxar, e não pra encucar. Vocês têm a vantagem de falar tudo o que falam no banheiro com as suas colegas, só que com bem menos censura, e muito mais prvacidade. Quer melhor? E o mesmo vale pros cuecas também. Por que não perguntar coisas inusitadas às mulheres, tais como quão intensos são os orgasmos delas, ou se elas "ejaculam" mesmo como naquels filmes pornôs que nós assistimos? Essas oportunidades não aparecem todos os dias. Se você tem uma amiga desencanada pra conversar essas coisas, ótimo. Senão, arrume um fake profile e saia perguntando a todas as mulheres que se sentirem dispostas a resopnder. Seja autêntico. Mulheres gostam disso. Como diria alguém lá do Cocadaboa, "A onda agora é putaria de bom gosto".

11 agosto 2006

Perversão incontrolada...

Muita gente me chama de pervertido. Podem ter certeza de que eles têm alguma razão, e não me incomodo ne mum pouco com isso. Pra quem gostava de ver fotos de cadáveres na internet quando dos meus dezesseis anos de idade, até que isso me é permitido, certo? Pois bem. Acho que não é mais segredo de todos que eu ando escrevendo algumas coisinhas ditas impensáveis, por esses dias. Acontece que me bateu uma falta de inspiração há algumas semanas, e não tive condições de terminar o meu oitavo texto. Ele está só na primeira página das cinco que eu esperava escrever. O tema era até bom... Mas voltando ao que eu me propus a contar, lá estava eu, de novo, sentado na cadeira de um ônibus, como nos primeiros dois textos que eu escrevi. O ônibus estava cheio, como sempre. Recostei a minha cabeça no corrimão e iniciei um cochilo de alguns minutos, pensando na vida, ou em qualquer outra besteira que me distraísse... Quando o ônibus já estava na avenida Paralela, pararam duas mulheres ao meu lado. Eu estava sentado no corredor, e com a cabeça onde estava, meus olhos ficavam exatamente nivelados com aquilo de mais precioso que as duas possuíam. Ambas de coxas grossas, bumbum avantajado, calça jeans (ugh!) e aquelas blusas que vivem subindo, mostrando a barriguinha. Impressionante como a minha imaginação começou a funcionar rapidinho... Com se não bastasse, tinha uma coroa gostosa a beça dormindo bem na minha frente, e mais outra do meu lado. O ônibus fazia movimentos bruscos, e a cada um deles, aquelas mulheres se roçavam em meu ombro. Ou melhor, aquilo que fica entre as pernas delas. Pareciam não se incomodar nem um pouco com isso, e, igualmente, eu não fazia questão de me endireitar no banco do ônibus. Imaginei-me de pé, atrás das duas, no mesmo ônibus cheio, só que "brincando". Seria interessante, aposto que muita gente tem essa tara de transar dentro de um ônibus cheio, ou em qualquer outro lugar com muitas pessoas. Tive que fechar os olhos pra não pensar ainda mais besteira, mas não adiantou muita coisa. Dali a umas cinco paradas elas desceram, e aqueles devaneios ainda pairavam na mnha mente... Mais duas mulheres do mesmo quilate das outras pararam do meu lado. E as duas coroas ainda estavam ali. Eu já estava quase transpirando, mesmo com todas as janelas abertas... Desta vez, uma das mulheres vestia uma saia a mais ou menos um palmo acima do joelho. Não parecia depilar as coxas, mas aqueles pêlos eram tão fininhos que nem era necessário. Quis passar a mão, subir com ela pelas coxas até sabe-se lá onde, mas me contive. Fui obrigado a me privar desse prazer, em prol da minha integridade física e moral. Desceram três pontos depois, e apenas a coroa da minha frente continuava ali. Eu a conheço, converso com ela quase que diariamente. Falei alguma coisa ao seu ouvido, só pra sentir aquele Biografia no seu pescoço, antes que ela descesse. A questão é: sou pervertido sim, qual é o problema? Passei a escrever contos eróticos há apenas dois meses, não me sinto um grande autor, nem acho que um livro com todos eles seria um best seller nas livrarias de todo o país. Apenas faço isso por diversão, por prazer (entendam como quiser). Gosto de escrever, e apenas uni o útil ao agradável. Aposto que muita gente tem medo de revelar as suas fantasias assim, pra qualquer um, sem censuras. Quem não teria? Já me disseram que eu tenho uma imaginação extremamente fértil. Reclamaram até daquilo que eu chamo de "visão de raio X", ou seja, da minha mania de tentar ver as cores das peças íntimas das mulheres quando suas roupas exibem alguma transparência (ainda que quase nula), quando estão sobre a luz ideal, ou quando elas exibem qualquer brechinha. Acho isso divertido... Tento ser discreto, mas isso tá ficando chato. O legal é perceber que elas ficam sem graça quando a gente olha. Mesmo aquelas que vestem roupas curtas de propósito. Também não costumo fazer caras e bocas, como passar a língua entre os lábios enquanto olho pra elas; acho isso vulgar demais. Enquanto eu não achar outra mania que me distraia nos noventa minutos diários de viajem do interior da minha casa até o centro da cidade, continuarei sim a ser pervertido. Perdão, garotas... Veja também: Tirar pra fora dentro do metrô: isso sim é preversão... Parafilia - Wikipedia Perversão - Wikipedia Voyeurismo - Wikipedia Fetiche - Wikipedia

04 agosto 2006

Perspectiva de Futuro

Ter perspectiva de futuro nos leva a caminhar mais e mais na direção de um objetivo. E vejo que é isso que falta em muita gente que me cerca, lá onde moro... Não é preciso ser um letrado ou um acadêmico para se ter uma boa idéia de onde se quer chegar na vida. Basta apenas persistência, coragem e paciência. Existem tantos sonhos não tão difíceis assim de se alcançar... Volta e meia me pego parado, escutando as conversas dos homens de mesma idade que eu, lá onde moro. E em quase todas as ocasiões, sinto-me um ser a parte. Não que eu esteja dizendo que sou melhor ou pior que pessoa alguma, apenas digo que penso diferente sobre a maioria das coisas. Falam sobre mulheres, futebol, rivalidades entre grupos de bairros vizinhos, brigas... Muitas vezes ouvi falarem de armas de fogo, imbutidas em palavras como "ferro" ou "cano". Já ouvi muito sobre drogas, ou melhor, "pó", "bagulho" (ainda usam essa expressão), "parada", bem ali na rua onde moro. Garotas de quinze anos que engravidaram aos quatorze, homossexuais morando em grupos de treze numa casa, garotos de programa que cobram para ter relações sexuais com homossexuais, e homossexuais que os pagam... Já vi garotos de doze anos brigando por um trago no cigarro, ou caindo de bêbados pelos cantos... "Mente vazia é a morada do Diabo!", quem já não ouviu isso dos avós? Podem ter certeza de que eles têm razão. Como evoluir a mente se não se tem no que pensar? As pessoas me dizem que, por conviver com pessoas ditas intelectualizadas (universitários), eu extendi a minha forma de pensar, amadureci muito, mesmo tendo sido maduro desde criança. Acredito que, em parte, elas estão corretas. Existem muitas idéias diferentes a cerca de coisas diversas pairando nos ares da UFBA. Negros, brancos, imigrantes, deficientes físicos, homossexuais, drogados, religiosos e "esclarecidos"... Isso nos faz pensar muito, formular teorias e crenças próprias a respeito da sociedade e de nós mesmos. Mas se eu já era maduro desde criança, em quais valores eu me apeguei? "É de pequenino que se torçe o pepino", dizem os mais velhos. E, novamente, eles possuem razão. Educação vem de berço, mesmo se os pais não a tiveram quando criança. É possível projetar nos filhos aquilo que nos faltou, aquilo que achamos certo após anos de vivência. Não acretido que a tendência natural das coisas é repetir os mesmos erros dos nossos pais, se é verdade que sempre queremos o melhor para os nossos filhos. Como prova, exibiram num programa de TV (eita rede Globo...) uma reportagem onde um casal de analfabetos conseguiu a proeza de ter todos os filhos com nível superior: engenheiros, médicos, professores. Milagre? Não mesmo. Criar perspectiva de futuro nos nossos filhos é o que os encoraja a seguir no caminho que nós achamos certo, até que eles, por sí mesmos, encontrem o próprio caminho. "Educação é a única riqueza que nós podemos te deixar". Mais uma dos coroas... É fácil amadurecer quando se tem uma visão mais ampla do mundo. Fica fácil entender as diferenças, concluir sobre fatos ali, bem perto de nós, ou aqueles que ocorrem sobre mísseis e mísseis, do outro lado do mundo. É possível sair do senso comum. Mas ainda que a nossa educação nos seja falha ou faltosa, ainda há o que se fazer. "Nunca é tarde para começar", eles dizem. Mais um gol de placa... Tente alcançar tudo o que ainda seja possível, como uma faculdade, ou aprender a ler, viajar, ter filhos (ou adotá-los), encontra um novo amor... Mexa-se, o tempo não lh espera...