27 março 2013

A nobre arte de silenciar-se


Silencio-me.
Apenas pela incapacidade de argumentar.
E o fato de não saber me expressar
Atropela o meu jeito de pensar.

Silencio-me.
Não por invariavelmente temer,
Ou por receio de vez ou outra contradizer.
Apenas pela inaptidão em convencer,
Ou, quiçá, de fazer-me entender.
E as minhas opiniões parecem esmorecer
Para outros não entristecer, aborrecer, empecer.

Silencio-me.
E na minha virtual reclusão eu me sinto fraco.
As minhas forças, eu divido entre a vontade e o medo de avançar.
Então, do silêncio, há de vir a palavra.


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