23 abril 2011

A pujança nos olhos do pequenino

O que se vê no fundo dos olhos do pequenino? Seria alegria, paixão, esperança? E o que será o brilho nos olhos do pequenino? Seria euforia, emoção, pujança? Talvez sim, seja pujança e esperança, alegria e euforia, paixão e emoção, um misto de tudo o que de melhor houver dentro de si, num vidro de conserva, abarrotado de azeite de oliva extra virgem.

Mas, por que um vidro de conserva? Esterelizado, fervido e lacrado? "Ora essa", responderia o pequenino, "Mas não é de forma parecida que se faz o vinho, o whisky e o...". Alguém tentaria completar "O amor?". Mas não, não o amor. O amor não se embebe em azeite de oliva extra virgem, nem se conserva num vidro esterelizado, fervido e lacrado, pois também não é assim que crescem as crianças. As crianças gripam, pegam catapora, conjuntivite, e se tornam tão resistentes quanto um amor maduro e decidido.

Como resposta ao tal vidro de conserva, o pequenino talvez respondesse que, assim como dos bons momentos nós guardamos boas lembranças, das experiências da vida nós guardamos o aprendizado. E são essas coisas que devem ser conservadas, se não em azeite, talvez em formol. Se da fermentação da uva nasce uma das melhores bebidas, do aprendizado da vida pode nascer, ao menos, um homem melhor.
Make a conscious effort to learn as much as possible from your previous experiences - Edsger W. Dijkstra
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