29 julho 2011

Frustrações - Aprendi a lidar com elas?

Frustrações. Dizem os especialistas que pais devem introduzir pequenas frustrações na educação dos seus filhos, ainda crianças, para que eles saibam lidar com frustrações maiores na fase adulta. Negar um chocolate aqui, um brinquedo ali, a ida até a casa do amiguinho para jogar vídeogame, coisas desse tipo. E assim a criança chora, esperneia, faz malcriação, e ao ver que nada disso adianta, se contenta com o que está à sua volta.

Com as frustrações aprendidas quando ainda crianças, teoricamente iríamos saber tomar decisões com mais cautela, com fundamentos reais, bem calculados. Estaríamos totalmente cientes dos riscos que algumas atitudes carregam consigo. Mas ainda assim, estamos sujeitos às frustrações, só que, agora, com um peso maior, com consequências mais graves, algumas irreversíveis até.

As crianças possuem a válvula de escape que lhes é permitida pela idade: agir feito crianças. Mas e nós, adultos, ditos responsáveis e maduros, por onde poderíamos deixar fluir toda a raiva, o pesar, o medo e o arrependimento? O que fazer quando a frustração de uma porta fechada à nossa frente deixa como legado outra porta fechada às nossas costas? Afinal de contas, não é sempre que se tem um plano B para toda e qualquer porta fechada.

Alguns buscam ouvidos pacientes para ouvir, ainda que indefinidamente, um discurso repetitivo, semi-depressivo, carente e/ou apelativo. Outros "engolem seco" e tomam a saída mais próxima, ou a que primeiro lhes aparece. O certo é que não há uma fórmula infalível, uma bala de prata para situações como essas, e cada um extravasa como pode/consegue. Feliz daquele que consegue se adaptar às adversidades, sem maiores perdas ou baixas. Quanto menos tempo parado, sangrando, melhor.


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