31 outubro 2007

IV UNIFEST - Eliminatórias

Manhã de terça feira, e eu aqui, no estágio, com um violão. Algumas poucas (três) pessoas sabiam que eu tocava e cantava alguma coisa, mas ainda assim não sabiam do concurso. Fico eu aqui fazendo coisas do estágio, até a hora de ir pra faculdade. Enquanto isso, eu procurava músicas de Flávio Venturini pra levar pra uma (até então) conhecida, lá na faculdade. Algumas horas depois, e lá estou eu, assistindo aula de tópicos em inteligência artificial. O assunto do dia era alguma forma de se misturar genética com cérebros artificiais (prara os mais leigos). Estava ficando até interessante a discussão sobre o assunto, mas duas coisas não me saiam da cabeça: o festival e essa tal conhecida. Saio eu da aula, e vou cumprir a minha promessa: levar as músicas para ela. Secretária eficiente que é, estava a atender atenciosa e pacientemente algum outro homem, algo a respeito de quadros brancos, daqueles que se escreve com caneta piloto. Espero ela acabar de atendê-lo pra falar comigo, até que ela se levanta da mesa onde estava. Cumprimenta-me com dois beijos no rosto, coisa que até então nunca havia feito. Tiro eu a pendrive do bolso, pra que ela pegue as músicas que queria. E então, hora de ir embora... Ela me conduz até a saida do departamento onde trabalha. Ficamos ali, do lado de fora, trocando algumas palavras, até que ela me dá um abraço, e me deseja boa sorte, por diversas vezes, bem baixinho no meu ouvido. Abraço aconchegante, clima acolhedor... Algo me estaria reservado pra algumas horas à frente? Depois da "concentração" na casa de Soumn, vamos todos para a praça, onde seria o festival. E bem em cima da hora, lá estava a tal conhecida. Linda... Acompanhada de mais duas amigas. Todo o meu pessoal sobe no palco, e cantamos Regina primeiro, afinal de contas, essa é a música mais bem humorada que tínhamos na lista. Foi muito boa (na opinião do grupo, e de quem veio nos assistir) a interpretação de Beto, apesar de errar a letra e ter bebido um pouco... Enfim, Completude. Nem tão nervoso, nem tão calmo. De lá de baixo, ela me acena... Estranho, mas foi a única pessoa queeu enxerguei de lá de cima... Fecho os olhos, e começo a tocar. Alguns erros, óbvio, mas uma apresentação um tanto limpa, bem mais segura, emocionada talvez. Eu me sentia mais leve, como se ao cantar essa música estivesse fazendo um desabafo (que aliás, é o que metade da letra significa). E depois, é hora de andar na chuva. Jailson interpreta Esperando a chuva passar de forma realmente brilhante. Figurino, atitude no palco, muito bom mesmo. Talvez até um pouco melhor que o nosso ensaio, no estúdio. Fazendo back vocal junto com a namorada (noiva) do baterista, éramos os dois apenas coadjuvantes nesse cenário. Enfim, a nossa apresentação acabou. Eu desco do palco com o meu violão nas costas, e a procuro. Lá estava ela, com as amigas. Dá-me um outro abraço, ainda melhor que o primeiro. Faz-me elogios que ao mesmo tempo que me engrandecem, me fazem sumir num mar de vergonha... Só então ela me apresenta as amigas. Ausento-me por alguns instantes, pois eu realmente necessitava falar com as demais pessoas que vieram me ver e ouvir cantar... Ficamos o show todo abraçados, rindo com as peripércias da amiga baixinha, e com os comentários ácidos da amiga grandinha da não mais só conhecida. Uma música mais bonita que a outra, mais engraçada que a outra, mais estranha que a outra... E ao final do show, o ápice. Um beijo mais que tórrido, daquele que faz os amantes se debaterem nas pessoas ao seu redor, esquecendo que o mundo existe... Mais e mais beijos desses nos foram trocados, ali mesmo na frente do palco, e numa bancada de pedra ao longo da lateral direita do palco. Uma noite e tanto, depois de várias outras desejando algo bem menor que isso...
"E que noites como essas possam se repetir, ao menos nos sonhos de um de nós"
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