02 julho 2007

Certainty!

É, uma certeza. E dois dias depois, de um jeito repentino, mas quase pré-anunciado. Esse presente, que veio de um jeito tão inusitado, tem valor inestimável, quase uma marca a fogo em pele. Se teria continuidade? Dificil prever, pois a certeza deu lugar à dúvida, num jogo tácito de avanços e retrocessos, que instigam a curiosidade e a imaginação de um mero aprendiz... Um dia depois, um toque no celular, e uma conversa via mensageiro instantâneo, ao som de Brian McKnight. Havia entrega naquelas palavras, quase que um momento de fraqueza... Confissões que envolviam desejo, num tom que me soou como prêmio, como recompensa. Parecia até que as dúvidas haviam sanado por completo, mas seria ingenuidade a minha acreditar nisso. Se eu não vislumbrasse o que viria depois, talvez a felicidade de que sou acometido, ainda que momentaneamente, não viesse tão cedo, e tão intensa... Mais um dia, mais uma noite. E ela me aparece ainda mais linda, ainda mais leve, e tão confusa quanto sempre... Confusão de sentimentos da qual eu faço parte, sem garantia alguma. Um olhar perdido na direção da Baía de Todos os Santos, sob o crepúsculo de um domingo e à brisa salgada do mar. Beijos meio tímidos, bem ali, em meio aquela vista deslumbrante. Era impossível deduzir o que se passava naquela mente, quase um barco no mar revolto. A única coisa que eu poderia fazer era tornar a noite o mais agradável possivel, antes que aquele mesmo mar naufragasse. Passos lentos ladeira a baixo, e um olhar desinteressado. Um porto, um bar, cadeiras vazias, e a seleção apática numa tela de 20''. Garçons preguiçosos, tanto quanto o refrigerante e a cerveja que nos serviram. O mesmo olhar, a mesma sensação de vazio, uma quase nostalgia. Suas palavras exprimiam dúvida e sofrimento, mas seu olhar berrava carência, saudade... No aconchego sutil de um meio abraço, apenas uma frase, e lá se iam os dois, ladeira a cima, num ônibus pêgo sem demora.
...
Amor sem palavras. Talvez nem tanto, mas naquela noite eu pude conhecer a expressão do sentimento apenas em gestos, prazer e suor. A entrega não me era miragem, como há um dia atrás. Mas era tímida, a dúvida ainda perdura... E se daquela noite nada mais possa ser garimpado, como diamante bruto em meio à correnteza, que naquele instante em que o tempo parou, a felicidade nos tenha sido intensa e mortal...
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