31 julho 2007

Com amor, Soriano

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30 julho 2007

Um dia como outro qualquer?

Acordo sentindo frio, tossindo bastante. Tempo nublado, vento frio, e resquícios de chuva. Meu irmão acorda, e de sua boca, nada mais além de um "bom dia" costumeiro. Procuro uma roupa qualquer, tomo um banho morno... E da olhadinha costumeira no celular, vejo uma mensagem previsível, mas bastante prazerosa: alguém, há milhas de distancia, lembrou que dia é hoje (Rê, te adoro)... Querendo companhia agradável, há quase uma semana eu pleiteio um encontro com uma mulher. É, aquela mulher. E em virtude de outros compromissos inadiáveis, eu fico de escanteio, feito gandula... Bem, não se pode ganhar todas... Que a compensação venha no dia seguinte, se tudo sair como a carência espera. Bem, isso é o de menos. Algo me deixaria pra baixo, no final do dia... Chego em casa, e tiro a soneca costumeira de sempre. Acordo, e como não teria nada pra fazer o resto do dia, ponho a jogar Need for Speed Most Wanted (a 3 posições do topo da blacklist, pela 3ª vez) até que recebo um telefonema. Sim, era ela. Tinha me prometido (contra a minha vontade) não me ligar em casa, mas como não me achou no celular (modo silencioso, quando eu dormia), decidiu me ligar. Entre felicitações e outras notícias, disse que meus pais haviam ido na casa dos meus avós ontem... Que minha mãe mal havia falado com ela, permanecendo de costas quase o tempo todo, e que meu pai lhe havia cumprimentado com ar pezaroso... Meus pais chegam em casa, e me felicitam. E todos dois enunciam a mesma frase: "que Deus lhe dê juízo nessa sua cabeça". Em outras épocas, isso passaria batido, mas hoje, é quase um soco... Minha mãe, ainda mais profética... Aniversário de merda esse... Faz anos que ele deixou de ser uma data especial. Tanto é que já o tinha esquecido por duas vezes consecutivas (sim, eu esqueci meu próprio aniversário um dia). Mas fazer o que... Ao menos o mês foi de grande proveito...

26 julho 2007

Vibra Call

Ninguém me chama numa hora dessas... Link direto: youtube

Morte de ACM: O burburinho no além

Mini Google Open Source - Teste 1 de manutenibilidade

Antes, era o céu e a terra. Mentira, era só PDF e JPEG. Querendo testar o quão fácil era estender a capacidade de indexação e busca do sistema, implementei manipuladores de arquivos MS Word, MS Power Point e RTF. Fiz os testes e pra minha surpresa: funciona! Eureca! Ainda preciso estender um pouco mais as capacidades de busca para imagens, JPEG não é o único formato conhecido. Só preciso de uma bilbioteca única para imagens, se possível, ou alguma que compreenda o maior número delas possível...

Two faces of the same coin

Pensei que essa frase tão comum não sairia da minha boca... Sonhava com essa situação por diversas vezes, mas não pensei que isso fosse tão desgastante. Ter alguém que realmente lhe tem carinho, paixão, desejo, mas que não se pode corresponder por incapacidade sua; ter alguém a quem sinta paixão, desejo, carinho, mas que não lhe retribui da maneira que esperava. Noite de sábado, após o aniversário da minha mãe. Ela faria o bolo, confeitaria-o, e também iria à festa no dia seguinte, na nossa casa. Na dela eu estava, passaria a noite por lá. Seria extremamente agradável, indiscutivelmente proveitoso, se tanta gente não tivesse ido "nos visitar" naquela mesma noite. Três dos meus tios resolvem fazer chacota da nossa casa justo na hora em que eu considero mais imprópria: a hora em que se deseja ficar a sós, curtir a presença um do outro, mesmo que ainda vestidos, mesmo que a alguns metros de distancia... Tomaram vinho, comeram do queijo, do peixe e do camarão secos, beberam da cerveja. Deixaram-nos sem graça... Depois de terem saído, tomamos café, e ela terminou de assar os dois bolos. Tomamos banho, e nos deitamos. A noite foi deveras prazerosa, no sentido fiel da palavra. Seria ainda melhor se eu tivesse conseguido dormir... Fiquei me revirando na cama, enquanto ela cochilava e acordava. Não sei se tesão ou preocupação o real motivo da súbita insônia, mas seja lá qual for, tinham um motivo bastante plausível. Acordamos, tomamos café, e uma das minhas tias descem. Ajuda a dona da casa a confeitar o bolo. Senti algo estranho, despedi-me das duas e preferi ir pra casa, onde tirei um cochilo. Uma ou duas horas depois, todos eles chegaram. Gozação atrás de gozação, fizeram chegar aos ouvidos da minha mãe (que de nada sabia) a confirmação de que estávamos nos curtindo. Essa confirmação veio com um peso enorme... Brincadeiras se seguiram pelo resto da manhã, e por toda a tarde. Ela tirou uma sesta na minha cama, para sentir um pouco do meu cheiro (foi o que me disse). Ao sair de lá, minha mãe, com um olhar nada satisfeito, puxou-me para dizer umas breves (e sangrentas, diria) palavras. "Por que eu tenho que saber das coisas sempre por último, ao invés de saber por você? Mais uma vez você me decepcionou". Se eu estivesse namorando de fato aquela mulher, minha mãe seria a primeira a saber. Como eu poderia, se a dúvida é a base da ligação entre meus neurônios? No dia seguinte, eu veria o motivo da dúvida em pessoa. E uma ligação faria o tempo parar, enquanto eu estava a caminho. Uma sensação de pezar começava a me corroer, como anúncio do fim de algo saudosista...
...
Fui à sua casa no dia seguinte. A mágoa era justificável... "Nunca traia a alguém que confia em você, nem que este seja um traidor". Ao ler essa frase, como apelido de um amigo de colégio, na sua conta de mensageiro instantâneo, várias coisas vieram à minha mente, inclusive as palavras para este registro. E que mulher... Mesmo com toda a raiva lhe corroendo o peito, mesmo com tantas lágrimas lavando o rosto, ela ainda é capaz de me oferecer carinho... Pedir-me para visitá-la como amigo algum dia, quando a saudade nos der um "olá"... Compartilhamos das mesmas lágrimas, de beijos manchados de dor, de tristeza... Saí de lá aos prantos, com a imagem de uma moeda girando incessantemente. Quisera eu ser apenas unidimensional... Admirável senhora, muito eu lhe devo...

18 julho 2007

Mini Google Open Source - O Gênesis

Antes de mais nada, para se montar um sistema de buca, é necessário um motor de busca. Escolher um motor de busca open source numa linguagem relativamente comum (algo como Java, PHP, ASP ou C++) seria o primeiro passo nessa empreitada. Tendo Java/JSP como tecnologias emergentes no desenvolvimento de sistemas web nos dias de hoje, escolhi essas ferramentas como base do meu projeto. Uma escolha visando mais o aprendizado daquilo que o mercado atualmente pede de seus profissionais. Também estou tentando usar Struts no projeto, também como objeto de aprendizado. Para a ligação usuário/sistema era necessário escolher um servidor de aplicações que fosse compatível com Java/JSP. Nada mais óbvio que o Tomcat. Desenvolvido e mantido pela Apache Software Foundation, esse servidor web já é bastante difundido entre aqueles que desenvolvem em Java. Existem outras soluções para esse mesmo problema, como o Jetty, mas o Tomcat é a mais conhecida dentre todas elas. Escolhidas a linguagem e o servidor de aplicações, a escolha de um motor de busca se torna mais restrita. Olhando algumas revistas sobre Java na empresa onde eu estagiava, eu encontrei uma solução interessante: o Lucene. O Lucene não é um framework, onde nós apenas extendemos classes para customizar um sistema genérico pré-existente; é uma biblioteca, na qual usamos classes para montar um sistema que supre nossas necessidades. Esta biblioteca não extrai os dados passiveis de busca documentos quaisquer. Essa é uma tarefa que deve ser feita a parte, utilizando outras bibliotecas/frameworks. O Lucene apenas manipula os dados que lhe são fornecidos, previamente extraídos dos documentos a serem utilizados como alvo de busca, realizando uma indexação e provendo busca de modo fácil e modular. A questão principal que motiva a criação desse protótipo de sistema é: como criar um sistema de busca independente de conteúdo, ou ao menos extensível a algo próximo desse patamar? O Lucene tem a sua abstração de documento baseada em campos. Cada campo é preenchido por conteudo texto. Já existe algumas soluções a esse respeito, como o projeto Lius. Também usa Java e Lucene, mas não é (ao meu ver) uma aplicação web. Claro que poderia se utilizar o Lius como parte de uma arquitetura MVC, mas isso iria de encontro ao meu estudo, já que programar faz parte do aprendizado. Mas a idéia é especificar os documentos suportados pelo sistema num arquivo XML, e utilizá-lo no processo de indexação e busca. Inicialmente, meu objetivo era aprender a usar o Lucene direito, e o primeiro protótipo apenas buscava PDFs. Agora, com um pouco mais de maturidade, o sistema já foi preparado para ser genérico, ou ao menos multi-conteúdo. Ainda realiza busca apenas sobre conteúdo PDF e JPEG, mas o objetivo é, ao menos, adicionar um módulo para busca de MP3's e códigos fonte Java.

04 julho 2007

Confuse...

Apenas uma semana depois. Um tanto curiosa a respeito do meu final de semana, mas não seria eu a contar-lhe como ele teria sido. Impressionante, mas sabedoria vale mesmo mais que inteligência, em todas as ocasiões. Que eu tenha os dois, e o quanto antes... Passamos horas conversando. Ou melhor, passei horas ouvindo... Era impressionante como ela sabia fazer as peguntas corretas, na hora certa, com as palavras adequadas. E mesmo quando eu nada respondia, ela sabia no que eu pensava... Parecia ler a minha mente através dos meus olhos. Se de um lado parecia confortavel estar com alguém que me entendia sem esforço algum, de outro vinha o medo maior de não conseguir esconder coisa alguma, caso fosse preciso. E que medo... Após algum tempo, me senti mais à vontade pra falar sobre sonhos que tenho desde criança. E eu via aquele olhar distante... Parecia pressentir que era quase uma despedida... E acompanhado de uma espécie de pezar, como se um "é querer demais" saisse de seus lábios. Uma mulher madura, de seus 39 anos, com sonhos simples, e eu, um homem também relativamente maduro, mas com seus 21 anos de idade, com sonhos nada simples, e objetivos bem traçados. A partir daquele instante, eu começava a entender que seria complicado demais manter um relacionamento duradouro com aquela mulher, dando tudo aquilo que ela me pedia... E como a despedida a que o ar me cheirava, um beijo. Trocamos carinhos singelos, e a cada um deles eu sentia um misto de gelo e fogo, pela tênue sensação de perda e pelo desejo que aflorava. A essas alturas, a minha sanidade parecia ter atado as mãos... Entregue ao aconchego daqueles braços, o gelo havia acabado de derreter, e o fogo, de incendiar-me. As defesas foram ruindo e a resistência débil evaporava, como o suor dos nossos corpos... Amamo-nos, do jeito mais puro que conheci até então. Como o corpo que desaba, a mente se desarma, e a languidez se instala. Medo? Pavor. Não, melhor: pânico. Hoje... Todos os planos podem ir por água a baixo... Um quê de confiança me diz que nada de errado acontecerá, mas ainda assim, pânico. Contudo, nada mem tira da cabeça aquela noite...

02 julho 2007

Certainty!

É, uma certeza. E dois dias depois, de um jeito repentino, mas quase pré-anunciado. Esse presente, que veio de um jeito tão inusitado, tem valor inestimável, quase uma marca a fogo em pele. Se teria continuidade? Dificil prever, pois a certeza deu lugar à dúvida, num jogo tácito de avanços e retrocessos, que instigam a curiosidade e a imaginação de um mero aprendiz... Um dia depois, um toque no celular, e uma conversa via mensageiro instantâneo, ao som de Brian McKnight. Havia entrega naquelas palavras, quase que um momento de fraqueza... Confissões que envolviam desejo, num tom que me soou como prêmio, como recompensa. Parecia até que as dúvidas haviam sanado por completo, mas seria ingenuidade a minha acreditar nisso. Se eu não vislumbrasse o que viria depois, talvez a felicidade de que sou acometido, ainda que momentaneamente, não viesse tão cedo, e tão intensa... Mais um dia, mais uma noite. E ela me aparece ainda mais linda, ainda mais leve, e tão confusa quanto sempre... Confusão de sentimentos da qual eu faço parte, sem garantia alguma. Um olhar perdido na direção da Baía de Todos os Santos, sob o crepúsculo de um domingo e à brisa salgada do mar. Beijos meio tímidos, bem ali, em meio aquela vista deslumbrante. Era impossível deduzir o que se passava naquela mente, quase um barco no mar revolto. A única coisa que eu poderia fazer era tornar a noite o mais agradável possivel, antes que aquele mesmo mar naufragasse. Passos lentos ladeira a baixo, e um olhar desinteressado. Um porto, um bar, cadeiras vazias, e a seleção apática numa tela de 20''. Garçons preguiçosos, tanto quanto o refrigerante e a cerveja que nos serviram. O mesmo olhar, a mesma sensação de vazio, uma quase nostalgia. Suas palavras exprimiam dúvida e sofrimento, mas seu olhar berrava carência, saudade... No aconchego sutil de um meio abraço, apenas uma frase, e lá se iam os dois, ladeira a cima, num ônibus pêgo sem demora.
...
Amor sem palavras. Talvez nem tanto, mas naquela noite eu pude conhecer a expressão do sentimento apenas em gestos, prazer e suor. A entrega não me era miragem, como há um dia atrás. Mas era tímida, a dúvida ainda perdura... E se daquela noite nada mais possa ser garimpado, como diamante bruto em meio à correnteza, que naquele instante em que o tempo parou, a felicidade nos tenha sido intensa e mortal...

Doubt?

Impressionante, mas às vezes conselhos funcionam... Recebi um e-mail segunda feira passada. Uma mulher, puro mistério e sedução, aparentemente disfarçados de apatia. Alguém a quem eu, do jeito errôneo de sempre, havia demonstrado o meu interesse, apreço. De certo, era preciso um toque a menos de sinceridade, de impulsividade. Toque esse que veio com algo que às vezes me parece mais uma arma: o silêncio... Meses atrás, essa mesma mulher havia me dito a frase que mais mexe comigo desde os meus quatorze anos de idade: "você é bonzinho demais pra ser namorado". Um breu frio é o que me vem à mente sempre que eu a ouço... Essa foi a senha de entrada no meu purgatório particular, onde eu tive que conter a minha ansiedade nata, tratar às amigas do mesmo jeito que a tratava, e ainda ser um tanto mais frio com ela. Exatos um mês em meio a correntes, até que a minha voz ecoa ao som de um violão, em meio a uma sala cheia de homens e mulheres, atentos ao trabalho do semestre. Um olhar mais doce, gestos mais suaves... E enfim a lembrança dos lábios que há muito eu não beijava. Algumas horas de companhia e afagos, sob o olhar do mar e da lua, numa noite de quinta feira. Ainda assim, eu continuava no purgatório. Por mais uma semana reneguei à tentação, agora sem tanto sofrimento, pelo fato de não a ter tão próximo. Enfim, o e-mail. Um convite. Algo aparentemente simples, apenas o desfrutar de sua companhia num fim de noite. Seria essa a chave para as correntes? Santo esquecimento o meu... Um ambiente rústico, quase um quintal com piso em basalto, bem arejado e arborizado. Aquele cinema troca a grade de seções todas as sextas feiras, e além disso, a seção desejada era orginalmente uma hora mais tarde... Tenho que agradecer a Oscar Niemeyer, por me ofuscar as luzes. Sala parcialmente cheia, e um documentário que não era exatamente o foco da nossa atenção. Beijos suaves, que foram se incendiando conforme o interesse pelas palavras do velho diminuia. Apenas beijos, é verdade, mas que me garantiram a permissão de colocar dúvida no coração e na mente de uma mulher. Dúvida? Sim... Apenas dúvida. Essa dúvida me daria o maior presente da minha vida até então, apenas dois dias depois...