Era uma vez, um menino amarelo. E o menino amarelo pegava mulheres. Tá, tá certo, uma vez ou outra, mas pegava. Certa vez o menino amarelo arranjou uma namorada. E a namorada dele gostava de chocolate. Ela realmente gostava de chocolate...
Em algumas ocasiões, o beijo tinha gosto de chocolate. E tantas outras coisas tinham, literalmente, gosto de chocolate. Até que ela confessou que, dentre as prioridades na vida dela, chocolates tinham vantagem em relação a um namorado. Porque chocolate não vê futebol, porque chocolate não sente ciumes, porque chocolate não enche o saco sobre as roupas curtas, porque chocolate atura T.P.M, porque, porque, porque... Até que o menino amarelo teve uma idéia.
E ele viu o amor da namorada pelo chocolate. Era algo... promíscuo. E o menino partilhou dessa promiscuidade achocolatada por algumas horas. Destilou toda a sua raiva nas calorias ganhas com o chocolate, e perdidas com o beijo de sua namorada. Até que chegou a hora de se despedirem. Ele a levou para o ponto de ônibus, esperando que ele chegasse... E levou-o consigo para a sua casa, afim de realizar, enfim, o seu plano:
E o menino amarelo embriagou o chocolate. Deu-lhe doses e doses de álcool. Chegou ao ponto de servir-lhe álcool vendido em farmácia... E quando menos esperava, banhou o seu inimigo com o combustível da sua vingança. Foi até a cozinha... E acendendo um fósforo, lhe disse: Fiat jvstitia, rvat coelvm (Faça-se a justiça, mesmo que desabem os céus). E assim, era uma vez um chocolate...
P.S.: Qualquer dia desses eu penso numa vingança pro final da novela das 20h...