
Eu não mais me reconheço.
Esqueci-me do que sou,
Do que sei,
Do que faço.
Abdiquei-me de mim mesmo
No momento em que cerrei meus olhos.
Minha essência esvaiu-se,
Minha mente se esgotou.
Volto-me à face do lirismo sem causa,
Enclausurado naquilo que eu conheço de melhor:
O escuro...
E ainda que me batam novamente à porta,
Mantê-la-ei cerrada, selada,
Até que a nuvem obscura se disperse...