O banho é quente, e não há pelos no sabonete. O box é aconchegante... Ele toma o seu banho sozinho, mas não é nisso que ele pensa. O ônibus chega, e a mesma dupla de cadeiras se encontra vazia. Senta-se à janela, coisa que ele raramente fazia, abaixa a cabeça e fecha os olhos... Sim, ele pensa em alguma coisa.
E do meio do nada, iluminada por luz vinda de sabe-se lá onde, aparece uma borboleta colorida. Ele estende o braço, a mão, e ela pousa suavemente em seu dedo indicador. Ele, então, aproxima a borboleta ao seu rosto, e a olha, pacientemente. E assim como ela surgiu, ela simiplesmente desaparece, como se fosse desmaterializada.
E então, ele se faz uma pergunta:
O que hei de ser, borboleta ou jardineiro? E se jardineiro eu houver de ser, a quantas anda o meu jardim?
Veja Também:
Cuidando do Jardim...